Nascemos, crescemos, aprendemos, casamos e nos multiplicamos... e um dia a 'magra' vem e ceifa a nossa existência. Ou seja, o roteiro é todo conhecido e reconhecido. Tudo já mastigado e imposto por parentes, amigos, sociedade... Mas e se você não quiser seguir as mesmas coisas que todo mundo segue?
 E se você passa a ter uma visão mais crítica dos acontecimentos?

A proliferação de noivados e casamentos ao final do ano, na virada, nos primeiros dias do ano nascituro é um absurdo! Também as reconciliações ocorrem nesta época. Um espírito nostálgico, ou fatalista, acomete as pessoas. Parece que se não casarem, se não estiverem com alguém, irão agonizar até a morte. Querem ser para alguém, com alguém... de companhia.

Mas se as pessoas não se bastam, se não conseguem nem ao menos ficarem sozinhas com elas mesmas, pra quê? Usam o outro como muleta, como motivo e como assunto. Se não criarem laços perante a sociedade, não vai valer a pena. Cobram posturas igualitárias a todos... E as perguntinhas invasivas proliferam: 'não vão casar?'; 'é teu namorido?'; 'ah, vocês vivem em união estável?'... Nunca vi numa sociedade, como a vida sexual de alguém pode ser mais importante do que qualquer outro tema...

E se a pessoa é homossexual então? Vem a impropriedade terminológica da 'opção sexual'! Gente, há coisas que não se traz de nascença, outras vidas, sei lá... Eu queria ter por 'opção' gostar de legumes, verduras e abominar Guarana, chocolate e afins. Aí condenam fulano porque ele gosta de homens. Condenam a beltrana porque ela gosta de mulheres... E eu pergunto, e daí?
Não quero entrar em discussões religiosas. Creio que o que deve estar acima de qualquer coisa é o respeito e a felicidade.
 Se alguém é feliz sendo vegetariano, não vou condenar, posso até lamentar, mas e daí?
A praia da criatura é esta.

Se alguém quer casar de véu, grinalda, show pirotécnico... fazer o quê?
Por mais que a gente saiba que casamento é o sepultamento do amor... Mas é a praia desta criatura. Claro que é um teatro, uma exposição de intimidade extrema. Um tal de 'até que a morte os separe'...ou um bom advogado hehe
Só que as pessoas têm um medo tremendo de assumir sua própria vontade. As pessoas preferem expor o esperado, porque o mundo é de exposição, do politicamente correto, do 'estou sempre feliz' e 'mau humor é doença'. Ou então dizem: 'fulaninha é bipolar'!

Caramba, prefiro os mal humorados sinceros do que os 'bobos alegres'.
Desconfio demais de gente alegre demais, segura demais, carente demais, positiva demais...
 O mau humor tem seu charme porque é verdadeiro.
Mas dou a mão à palmatória ao Criador. Ele foi espertíssimo na ordem natural dos fatos.
 Imagine a gente com a experiência dos 40 e muitos anos em um corpinho de 18? Imagine se nascêssemos bem velhinhos e inocentes... e evoluíssemos jovens com mais inteligência proveniente da vivência... Ih, não iria prestar!
KKK nao iria mesmo.