sexta-feira, 31 de julho de 2009


“Escrever um livro, plantar um árvore e ter um filho”(não necessariamente nessa ordem).
Plantar uma árvore...mas é preciso que a semente seja boa e o solo seja rico para ela germinar bem, que a espécie de árvore a ser plantada seja uma daquelas que tenha uma copa alta, daquelas que parecem que vão beijar o céu com as suas folhas verdes...arvores daquelas que balançam ao sabor dos ventos e nos fazem ter a certeza que ainda estamos vivos e sempre a um passo da eternidade...árvores onde nossos filhos possam subir,brincar e que cresçam a sua sombra aprendendo a sonhar...
Porque tem árvore que não cresce, nunca toca o céu, tem árvore que não floresce nunca, nem na primavera, e às vezes precisamos tanto do perfume das flores para esquecer do fedor das coisas podres que fazem com a gente, da beleza das flores para alegrar os nossos olhos que tantas vezes testemunham tantas coisas feias...dar frutos... nem todas dão...e mesmo assim continuam sendo boas árvores.
Escrever um livro...mas é preciso que seja um bom livro e que conte uma história que acrescente tanto ao escritor como ao leitor, para escrever um livro é preciso ver o mundo além das próprias fronteiras, é preciso chorar muito para transformar as lágrimas em belas palavras, só assim elas ganham sentimentos, é preciso sorrir muito e ter alegria em viver, só assim as palavras ganham alma... a nossa alma...livros vêm do mundo das reticências...
Porque tem livros que são pretensiosos demais, se julgam ser fórmulas e donos de verdades, porque tem livros que não acabamos de ler e um livro que não se vai até o fim nunca completa a sua missão, porque tem escritores que só querem ganhar...e escrever é muito mais dar do que ganhar...
Ter um filho...mas é preciso que se ame o pai ou a mãe dele para que este seja concebido, é preciso que se fique tentando, tentado, tentando dezenas, se possível centenas de vezes, fazê-lo com muito carinho...numa cama de lençóis brancos e macios, nas areias da praia com o som do mar ao fundo e as estrelas e a lua como únicas e cúmplices testemunhas...em qualquer lugar onde uma mulher e um homem possam se amar em paz e desse amor nasça o símbolo maior desse amor, filhos...amados e desejados filhos.
Um dia escreverei um livro...que virá além do mundo das reticências...que contará uma linda história...e um dia verei meus filhos correrem felizes num lindo jardim com a minha cerejeira no centro...e lá debaixo dela eu vou ler algumas páginas do meu livro para eles...e passaremos a tarde rindo juntos e então eles vão dormir no meu colo até a noite chegar.
Filhos são feitos de livros (as histórias que contamos pra eles vem dos livros e muito do que somos também vem de livros) e livros são feitos de árvores(celulose) e as árvores são feitas de Deus...

quarta-feira, 29 de julho de 2009





“Algumas atravessam o lago voando na superfície, tão rasteiras no seu vôo que o pés vão roçando as águas, deixando atrás de si um leve sulco que logo desaparece. Mas outras fazem a travessia no fundo do lago: submergem completamente para só ressurgirem na outra margem. Então soltam gritos, as asas pesadas de lodo, arrastando ainda nos pés restos de plantas aquáticas. Eu olhava para as marrecas que escolhiam o fundo.”

(Lygia Fagundes Telles , A Disciplina do Amor)

Reconheço os meus desejos dentro de mim, mas para me proteger me cubro com ambigüidades, não para confundir, mas para selecionar, mesmo com os sinais trocados quem tiver que chegar virá de qualquer maneira. Sei que só existo porque sou amada, porque nos construímos como humanos a partir do desejo do outro. Pra mim amor e desejo sempre se fundiram na mesma coisa. Eu amo aquilo que desejo e aquilo que desejo me ama.
“Espalhei meus sonhos a seus pés. Caminhe devagar, pois você estará pisando neles.”(W.B.Yeats)
Ao vir ao mundo ganhamos um nome que nos diferencia de todos os outros, que carrega em si as benesses e a carga dos desejos parentais. A gente se transforma em pessoa por causa daquilo que deseja e o que desejam em nós. E isso gera uma dívida que temos que pagar, moeda de troca com as outras pessoas, que é paga com nosso próprio corpo. Mas enquanto o corpo fala, a alma esconde.Vejo a cor dos seus olhos, mas não sei com que cor são pintados seus sonhos, só se tiver entrado pela sua janela de madrugada e tiverte visto dormindo.Se na parede nesse momento, como no cinema. assistisse as imagens sendo projetadas na parede do quarto. A sede de infinito fez meu colesterol disparar, estou longe de ser uma pessoa, antes de ser humano sou o que é invisível, o que na pele está oculto, mas que no que escrevo é vulto, enquanto estiver vivo sou um parênteses aberto (esperando o tempo de se fechar.
P.S. Venha ver o pôr-do-sol comigo. Mas se você não vier, tudo bem, eu me deixarei ser levado pelo vento enquanto o dia estiver se vestindo de noite.
bjus muitos sempre sonhando com vc
Rosane
Inflamável
Deus ascendeu à chama do amor dentro de mim quando me criou e ela nunca mais se apagou, revelou-se eterna.
O amor torna o peito estreito e o nosso coração vai para o lado de fora..com alguns ele será repartido...com outros será desperdiçado.
Meus netos vão me perguntar daqui há muitos anos...”O que você fez de melhor na vida vovó?”...e eu responderei :“Talvez meus netos eu não tenha sido uma verdadeira vencedora como esperavam que eu fosse...mas da vida o que eu mais gostei de viver foi sem dúvida o amor....” amor pela minha profissão e pela estória que contruo dia dia gente com cheiro de gente.
O amor não é seguro, ele é perigoso...inflamável, não é para covardes que não querem correr riscos ou sentir dor...mas ele zomba dos muros, seca os mares, desvia rios...ele é como mais um dos nossos órgãos vitais...como um fígado, um pulmão, um rim ou coração...sem amor, morremos...por insuficiência de vida.
Amor não é coisa simples, é complicado, embora seja para os simples de sentimento, tem que pensar muito, mas quem pensa não é a mais a cabeça, é o coração..amor não é limpo, mancha a roupa e às vezes a alma...amor é pra quem agüenta a barra , para quem fere e é ferido...feridas que não sangram demoram mais pra sarar...
Eu sou melodramática, as coisas que escrevo às vezes são estranhas, porque vem das entranhas, mas só sei ser assim e as pessoas que gostam de mim, embora não me entendam sempre, já sabem que isso tá no meu DNA....e então vou continuar a falar de amor do meu jeito, porque o que eu faço melhor na vida é falar de amor...


Talvez não ame tão bem como eu falo, ninguém é perfeito..mas que o defeito não seja uma mentira repetida até virar verdade...um dia encontro à sintonia perfeita.
O amor nos torna tanto cômicos como cósmicos...cômicos porque fazer rir quem amamos é sempre melhor do que fazer chorar...cósmicos porque iguala-nos a uma galáxia pulsante, estrelas-cadentes que realizam pedidos, sol que aquece, lua que ilumina a noite escura...estrelas para serem contadas e guiarem...no amor deixamos de ser nós mesmos para ser algo maior, bem maior...
Sem amores, sem glórias, sem cicatrizes , sem vitórias...

LANTERNA DOS AFOGADOS
Uma vez marquei um encontro num bar chamado “Lanterna dos afogados”...e o minha convidada demorou um pouco pra chegar...eu já tinha bebido um pouquinho..vinho Tinto Seco pra variar...e ela chegou e me encontrou sorrindo sem ter motivos....essa minha convidada atendia pelo nome de Rosane Aparecida Ribeiro ( um dia Courbassier outro Bonsegno rs mas sempre Rô )na época...
hoje já não sei por qual nome ela atende...perdemos contato.hehehe

LANTERNA DOS AFOGADOS
Cássia Eller

Quando tá escuro
E ninguém te ouve Quando chega a noite
E você pode chorarHá uma luz no túnel Dos desesperados Há um cais de porto
Pra quem precisa chegarEu tô na Lanterna dos Afogados
Eu tô te esperandoVê se não vai demorarUma noite longa
Pra uma vida curtaMas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcasQue já fazem parteDo que eu sou agora
Mas ainda sei me virar Eu tô na Lanterna dos Afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar ...

terça-feira, 28 de julho de 2009


Ao escrever as mãos falam como se fossem uma boca sem lábios, eu posso fazer chover com meus dedos, mas não posso gritar através deles.
A lamina da palavra corta, mas quão afiada são suas pontas? O vento parece conseguir ler meus pensamentos. Se meu arbítrio é livre não posso mais reclamar de minhas escolhas,pois fui eu quem as consumei.
Existir e esquecer da própria existência, tornar-se visível não pelos olhos, mas pelo cheiro, pelo odor de sua alma,uma pássaro pousou em meu ombro, um anjo que só eu vejo e ele canta ao amanhecer.
A verdade dói, mas a mentira mata.
Por isso ao invés de caçar nuvens me apego a um texto de Clarice, a escritora sublime de sobrenome Lispector, e extraio essência: “Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada.”
O odor exalado por essa rosa do jardim de Clarice não é bom nem mau, não é perfume, mas também não é mau cheiro, é somente a fuga de uma prisão chamada umbigo. E segue ela cortando com sua espada afiada: “Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição.”
O corte bem feito não sangra,divide a pele e expõe o que tem por baixo dela oculto, não me escondo, mas também não me iludo, sigo Clarice amolando sua lâmina em minha cabeça, não estou festejando, mas também não visto mais uma mortalha de luto: Os sentimentos são sempre uma surpresa.

Viver sem pele,
existir com alma
Assim é o meu caminho, portas que se fecham, janelas que se abrem, rios que correm mansos em sua superfície, mas com correnteza forte em seu interior.As etapas que não atravessei ou pulei, mas percorri inteiras, os ciclos que se acabam e os novos horizontes que se descortinam.
Não sei o que me espera na próxima curva, mas caminho assim mesmo em sua direção. ( horas com medo ,horas saindo do meu eu e nunca deixando de acreditar na vida nos sonhos )
Não saberia viver se não fosse dessa forma, da minha maneira, de com o experimento o mundo, existo aqui, tenho o meu lugar, a minha importância, e procuro representar a minha existência da forma mais plena possível; exageradamente Rosane .
Descobri o que me faz feliz e para minha sorte são coisas simples e que não são tão complicadas de se conseguir.
Não sao coisas que possam ser compradas na verdade nao tem preço sao coisas conquistadas, trabalhadas .
São ligadas ao ser e nao ter nada haver com o ter.
O ser émuito mais do que o ter.
Assim é a minha estrada repleta de trevos, desvios e encruzilhadas, ao optar por uma das trilhas tenho que apagar da minha mente a outra que não escolhi, acredito num destino final, a morte, inevitável, compromisso inadiável, dia e hora marcada, mesmo não podendo evitá-la, posso escolher como vou viver até aquele momento.
E o meu caminho sendo uma eu sou duas.
Do lado direito sou aventureira, sensível, intuitiva, lá minha consciência se eleva pelos sentimentos, ela está sempre presente, mas se perde no tempo e em suas divagações.O lado direito honra a minha vida.
Do lado esquerdo sou comedida, tímida, controlada, eu fico calculando, criando os limites e analisando as possibilidades.
bom dos dois lados a maternidade me realiza.Eu o uso para me comunicar, para transmitir, para expressar minha identidade. O lado esquerdo preserva minha existência. O lado direito quer que eu permaneça poetisa, o esquerdo que eu me torne uma pessoa comum,sem grandes sonhos sem tanto compromisso com o outro com o cultivar ...
Por isso toda vez que abro os portões dos jardins da minha mente ,minha pele desaparece.

domingo, 26 de julho de 2009


O que somos por fora é apenas amostra do que há por trás, o que somos por dentro é a verdadeira graça.
Pois a beleza existe mesmo é no espírito de quem a contempla.

quarta-feira, 22 de julho de 2009


O dinheiro pode transformar sapos em príncipes, mas jamais será capaz de transformar meninos em homens ou homens em meninos, um homem pode sim sustentar as vontades de uma mulher com seu cartão de crédito e com sua conta bancária, mas os desejos de sua amada ele não vai conseguir pagar, o coração de uma mulher é tão profundo quanto um oceano e homens fracos facilmente naufragam nesse mar.
Estamos tão viciados em medir as coisas e em quantificar o que nos cerca que esquecemos que qualidades indispensáveis como coragem, carinho, sinceridade e o amor são imensuráveis...a vida é uma viagem, passagem só de ida, a gente sabe o dia da partida mais jamais saberá o dia da chegada, tudo o que mais vale na vida não tem medida

O tempo é como o mar

O tempo é como o mar, ás vezes bravio e ás vezes calmo, as ondas são as horas e nós somos os rochedos onde elas se arrebentam sem parar.
Assim como o mar o tempo não é infinito, mas dá a impressão, pela sua grandeza, que nunca acabará.Navegar pelo mar e pelo tempo exige um bom barco e um rumo certeiro, e nós, os marinheiros dessa viagem, partimos de um pequeno caís como um barquinho à vela e chegaremos ao nosso destino, um grande porto, como imensos navios guerreiros

sexta-feira, 17 de julho de 2009


Saudades da menina

Hoje acordei com tantas saudades da menina que ao nascer ganhou por sobrenome Ribeiro e que ao crescer ao invés de se sentir mais mulher, seu coração só queria bater cada vez mais forte e feliz feito criança. Seus pequenos olhos castanhos brilham sempre como estandartes de sua esperança, caminha pela vida de forma tão mansa...esquece da lembrança que viver é um desafio...acompanha de forma intensa o balanço de todas as suas horas, como nos passos de uma dança. Sua vida é como um rio e ela tantas vezes se perdeu em busca do destino certo( teve temporariamente outros sobrenomes Courbassier,Bonsegno)vezes se perdeu nas curvas do curso desse rio, sempre em busca do destino certo para desaguar,sempre em busca do mar, menina-poeta que nunca deixou a dureza da tristeza roubar-lhe o mel dos sentimentos, mulher
quase plena(é o que sempre quis ser), hoje vive sem precisar de venenos. Acordei com saudades daquela menina, que corria atrás de suas próprias sombras, que nunca teve medo de sangrar, que chora mais pelos outros do que por si mesmo...saudades daquela menina que está escondido por aí em algum lugar, mas que hoje não consigo encontrar nessa manhã tão vazia.
Rosane ,Rô ,rosa rebelde, Zane rs hoje está tão difícil de viver sem a tua companhia....

Se Eu Quiser Falar Com Deus
Gilberto Gil


Se eu quiser falar com Deus Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós Dos sapatos, da gravata Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data Tenho que perder a conta Tenho que ter mãos vazias Ter a alma e o corpo nus Se eu quiser falar com Deus Tenho que aceitar a dor Tenho que comer o pão Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão Dos palácios, dos castelos Suntuosos do meu sonho Tenho que me ver tristonho Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus Tenho que me aventurar Tenho que subir aos céus Sem cordas pra segurar Tenho que dizer adeus Dar as costas, caminhar Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

Reflexãp continua



“E assim eu vivi a minha vida.Foi uma longa vida, sei que ela ainda não terminou, mas já estou com a sensação de missão quase cumprida.Filhos criados, aprendendo a voar ...
Eles vão sentir a minha falta , mas vão ficar bem sem mim.A tempestade pode destruir as flores, porém nada pode contra as sementes.Eu fui uma jardineira fiel disso tenho certeza.
Lembro-me da minha vó Lili já muito senil, e vivendo numa casa solitária dizer: “Deus parece que se esqueceu da gente”- disse isso pelo fato de estar já estar cansada de viver queria “descansar” como ela dizia com aqueles cabelos branquinhos cor de neve.Aliás as recordações são os cabelos brancos do coração.
Não me lembro de ter sido uma mulher infeliz, apenas me lembro de ter passado por grandes dificuldades na vida...pela infância menina levada da
breca...sempre aprontando e testando o amor materno altras surras no curriculum;porém feliz, pelo casamento e pela inexperiência que logo se transformou em experiência, antigamente a gente aprendia era na marra.
O nascimento dos meus três filhos e todo seu crescimento.A vida passou num instante .
A minha vida foi muito rica em acontecimentos, em dramas, mas foi uma vida boa repleta de muito amor e carinho, valeu a pena vivê-la cada segundo.
A gratidão é a memória do coração.
Quando eu me for sei, sei que vou continuar a viver através dos meus filhos , porque a vida me permitiu saber que uma mãe é capaz de tirar o peso do mundo dos ombros de seu filho, apenas colocando seu braço em volta deles. Embora eu nao tenha recebido tal hehe eu aprendi a dar mesmo tendo recebido tão pouco eu diria tão limitada. Talvez por isso mesmo eu tenha trabalhado muito pra seruma jardineira fiel.
E ensinei a cada um dos meus filhos duas frasesque eu quero que agora todos vocês conheçam:
“O homem é capaz de todos os heroísmos ; A mulher de todos os sacrifícios.”
"Um por todos ,todos por um ; assim quero que sejam sempre."
Sejam felizes e que Deus lhes abençoe os dias!

quinta-feira, 16 de julho de 2009


A difícil arte de amar

Príncipes não existem.

Só existem sapos. A única coisa que faz com que duas pessoas fiquem juntas de uma maneira adulta e feliz resume-se a uma desmistificação de fábulas.

Todos os dias olhar para o sapo e ser capaz de enxergar o príncipe escondido dentro daquela pele esverdeada. E todos os dias olhar para a bruxa com a maçã envenenada nas mãos e conseguir vislumbrar que sob aquela pele enrugada a formosa Branca de Neve está sorrindo.
Sempre digo pra todo mundo e pra mim mesmo que amar não é para principiantes, ir para a cama, seduzir e conquistar alguém é fácil, basta ter um bom par de seios , dizer as palavras doceis e ser gentil.

Agora amar alguém de verdade e saber que aquela pessoa vai te magoar, que ela pode errar, mentir e não corresponder as suas expectativas e ainda assim você continuar a amando é uma das coisas mais complexas e difíceis para qualquer um de nós.

A relação que dura é que aquela que suporta infinitos recomeços...
“A difícil arte de amar” é um filme onde a personagem de Meryl Streep, uma escritora de matérias culinárias de Nova York, conhece um colunista de Washington, Mark (Jack Nicholson), e logo estão casados, apesar das reservas dela contra tal tipo de relação. Eles compram e remodelam uma casa caindo aos pedaços, têm uma filha e ela pensa que tudo corre às mil maravilhas, até descobrir que Mark estava tendo um caso enquanto ela estava grávida pela segunda vez. Ela decide sair de casa, disposta a reorganizar sua vida, mas logo diversas dúvidas sobre se tomou à decisão certa começam a afligi-la...

o filme vale muita a pena.Hoje a trilha sonora da minha vida é com a música que dá tempero a esse belo filme:

Acontecendo Novamente- Carly Simon
O bebê espirraA mamãe agrada
Papai entra de repenteÉ tudo tão bom na teoriaTão romântico
Mas tão assustadorEu sei que nada permanece a mesma coisaMas se você estiver com vontadeTudo pode acontecer novamenteEntão não se importe se eu cair aos pedaçosPois há mais espaço em um coração partido
Você paga o vendedorConserta a torradeiraDá um beijo de adeus nas vistasEntão você quebra aí uma janelaQueima o suflê
E grita uma canção de ninarEu sei que nada fica do mesmo jeitoMas se você estiver dispostoPodemos começar tudo novamenteEntão não se importe se eu cair aos pedaçosPois há mais espaço num coração partidoE eu acredito no amorMas o que mais posso fazer
Eu estou tão apaixonada por vocêEu sei que nada fica a mesma coisaMas se você estiver com vontadePodemos começar tudo novamenteO bebê espirra
Mas se você estiver com vontadePodemos começar tudo novamente
Eu acredito no amor
E está acontecendo novamente

“Eu te perdôo”

No livro “O caçador de Pipas o assunto mentira é belissimamente abordado quando o pai de Amir, o protagonista da história, perdoa Hassan o caçador de Pipas, por causa de um incidente em que ele supostamente teria roubado alguns objetos.
Certa feita o pai de Amir o colocou no colo e disse estas palavras:
“Quando você mata um homem, está roubando uma vida. Está roubando da esposa o direito de ter um marido, roubando dos filhos um pai.( essa fala me diz tão claramente ,é como se eu soubesse na pele o significado detal) Quando mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando trapaceia, está roubando o direito à justiça.” Roubar o direito de alguém saber a verdade...Isso é uma definição muito boa sobre a mentira, não acha?
Quantas vezes eu roubei das pessoas o direito delas saberem a verdade.
Acho que sempre me preocupei com o que elas fariam com a verdade que soubessem sobre mim.
Sempre tive medo que as pessoas soubessem tudo sobre mim, sempre quis ter os meus próprios segredos trancados a sete chaves.
Mas quando se foi criado dentro de uma família de valores e virtudes sempre muito claras cria-se dentro de si uma coisa chamada consciência.
Algo que dói tanto quanto um dente que precisa de um canal durante a madrugada.
Uma dor que tira o nosso sono e que nos deixa com um nó na garganta toda vez que lembramos que uma mentira nossa além de ter roubado de alguém o direito de saber a verdade feriu também seu coração.
Ao me tornar mulher de verdade, descobri que a verdade liberta.
Principalmente quando dizemos a verdade, por mais difícil e dolorida que ela seja e então recebemos em troca um perdão sincero.
A sensação é a mesma que sente um homem quando é curado de um tumor, a mesma que sente uma mulher que é curada de um câncer nas mamas ou nos ovários.
Algumas vezes é mesmo necessário ocultar algumas coisas das pessoas, há muita maldade no coração delas, mas mentir é um ato ainda mais grave. É quando você lesa alguém que ama, é quando é egoísta e pensa somente em si mesmo.
Felizmente a vida nos dá outras chances e dá as pessoas que ferimos e lesamos também a oportunidade de nos perdoar.
Mentir pode ser um defeito da nossa alma, mas pode ser facilmente consertado, pois é mais uma das questões de escolha que temos.
Entre falar a verdade e ser libertado por ela ou mentir e ser torturado por si mesmo e por sua consciência para sempre...
Hoje acordei com essa sensaçao parece que fui roubada ...
As vezes é como seu eu tivesse roubado de mim mesma o direito a tantas coisas que deixei em nome da verdade.
Hehehe nada como o tempo ne??
As vezes tão generoso outras horas tão exigente,mas sempre um grande aliado .
“Os defeitos da alma são como os ferimentos do corpo; por mais que se cuide de os curar, as cicatrizes aparecem sempre, e estão sob a constante ameaça de se reabrirem.”
François La Rochefoucauld

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Desencontros
Quando eu quero sorrir, você me faz chorar, quando você quer carinho, eu quero tesão, quando nós queremos paz, estamos em guerra. Quando você quer fugir, eu quero chegar, quando eu quero cantar, você quer silêncio, quando queremos ficar juntos, estamos separados.

Quando queremos esconder, todo mundo já sabe, quando eu quero ouvir, você não quer falar, quando você quer me mostrar, eu não quero enxergar.

Mesmo com tantas diferenças e tantos desencontros, mesmo com tudo contra, mesmo não combinando em quase nada, quase sempre nós nos fazemos felizes e mesmo quando nós fazemos tristes temos a certeza que algo muito grande nos faz estarmos ligados um ao outro pelos laços do coração. Quando você diz que não me quer, eu nem ligo, quando eu digo que te quero, você fica confuso, quando nós dizemos que tudo acabou é quando tudo começa de novo. Quando eu quero emoção, você vem com sua razão, quando você desaparece, eu sei onde te encontrar, quando parece que nos perdemos para sempre, nos reencontramos numa das esquinas da vida em abraços apertados e beijos merecidos. Não importam as diferenças quando estamos envolvidos por esse sentimento tão puro, quando nos conduzimos um ao outro com todo cuidado ao futuro,mesmo que entre nós exista um oceano ou um muro, eu farei qualquer coisa, eu juro, para que um dia as diferenças se transformem só em complementos de nossas vidas...

Refletindo ...



Por estes dias estive pensando em qual é a função do que pensamos ser o "mal" no universo. Como seres humanos para entendermos melhor qualquer conceito seja ele de bem ou de mal precisamos humanizá-los, assim chamamos o bem de Deus e o mal de Diabo (só para citar um exemplo de nome que criamos para o “coisa ruim”).
Sendo o mal encarnado pelo Diabo compreendi que ele conhece as fraquezas da natureza humana e as explora para nos tirar do caminho da luz.Explora as portas que deixamos abertas e usa seu poder para desistirmos de lutar.Tem a favor de si duas armas poderosas, o complexo inferioridade e a dúvida.

O complexo de inferioridade é da natureza humana geral, cada um tem, teve ou terá em maior ou menor grau, sua origem está na nossa necessidade de nos sentirmos aceitos pelos outros.
Assim nos transformamos naquilo que imaginamos que os outros desejariam que fôssemos. Ou seja, damos ao outro o poder de decidir sobre nossa própria imagem, idéias, nossas necessidades, e inconscientemente renunciamos a nossa capacidade natural de conduzir a própria vida, exatamente por nós avaliarmos incapazes.
E tanto o Demo como qualquer ser humano que perceba essa nossa fraqueza irá explorá-la ao seu favor. Para manipular, induzir e até mesmo escravizar uma alma. Há vampiros soltos por ai e eles não sugam sangue, mas a nossa energia vital. E eles nem sabem o que fazem. Ser vulnerável também é da natureza humana.
A dúvida se instala em nosso pensamento quando não temos certeza a respeito de nossas escolhas, quando não temos segurança naquilo que estamos decidindo, porque uma opção mal feita pode trazer sérias conseqüências na vida da gente, escolher algo significa abandonar algo também, e o tempo nunca corre pra trás, certas alternativas escolhidas não permitem volta.
Esteja o bem e o mal dentro ou externamente da gente, a dúvida e o complexo de inferioridade são dois inimigos que devem ser combatidos, e a única maneira de combater o inimigo é reconhecendo e identificando as nossas fraquezas.
Fica mais forte quem sabe no que é mais fraco.

terça-feira, 14 de julho de 2009



“Eu vim de infinitos caminhos, e os meus sonhos choveram lúcido pranto pelo chão. Quando é que frutifica,nos caminhos infinitos, essa vida,que era tão viva, tão fecunda,porque vinha de um coração? E os que vierem depois, pelos caminhos infinitos, do pranto que caiu dos meus olhos passados, que experiência, ou consolo, ou prêmio alcançarão?”

(Herança – Cecília Meireles)

O que eu escolhi e não deu certo se desmanchou, foi desaparecendo lentamente até terminar como tudo um dia pode se acabar, tornou-se escombro. Mas ao forte sempre cabe a ascensão, por isso onde ontem eram ruínas amanhã edificarei uma nova civilização.
E ao erigir minha nova cidade ainda que tudo se pareça diferente e novo, meu ponto de partida não será tão branco e inexperiente como é um ovo, a gente não começa de onde parou antes, mas continua com o que já passou e viveu.
Aprendemos errando e a cada lição, uma nova camada nos é acrescentada, a experiência pode nos adoçar ou nos amargar. Adoça-nos só se soubermos extrair um pouco de mel mesmo das experiências mais doloridas. E nos amarga se acreditarmos que não devemos mais acreditar no que virá;esse nunca é omeu caso.
Nada fica intacto, o outro sempre será uma terra estrangeira, e para explorá-la é necessário o risco, o passaporte é a ousadia de saber que parte de nós será mesmo triturada e se tornará cascalho, entulho, escombro, ruína. E que sejam eles feitos de areia ou de cimento, nossos castelos sempre vão cair, por mais sólida que seja nossa relação, suas muralhas vão ser derrubadas pelas balas de canhão que é o verbo amar, transitivo para os efêmeros , intransitivo para o sensíveis.
Mas viver e acreditar ainda é a unica saida.


Enquanto o sol não vem
Um beijo ou um tapa, o corpo grávido do espírito, enquanto o sol não vem, de um ponto de luz para outro eu digo, deixei de passar fome, não me alimento mais pelo umbigo.-
Uma flor ou uma bomba, o olhar é firme, mas a perna sempre fica bamba, enquanto o sol não vem, eu me estendo, me estico, me mostro, escrevo. De uma célula para outra transmito, há paz entre a mente e o corpo.
Eu existo. Existo porque sinto, porque penso, porque existo não só em mim, eu existo na mente e na memória das pessoas.
Instintivamente, o cheiro, racionalmente os dentes.
O que atrai e o que me repulsa.Existe um eu no outro.
Enquanto o sol não vem, eu canto, de ser humano para o outro comunico, dias de glória virão.
Um muro ou uma asa, para proteção presença, para seduzir, olhar, em certo momento o rio da minha vida chegou a uma planície e a alagou, antes ele se parecia com um pântano, hoje ela é um lago, enquanto o sol não vem.
De um pensamento para o outro, voe o mais alto que você puder sem sair do seu lugar.
Mas nunca deixe de voar...


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Tô nem aí

A vida moderna repleta de tecnologia nos dá a impressão de estarmos vivendo na melhor das épocas, de que estamos totalmente seguros, mas como diria Arnaldo Jabor, na verdade vivemos numa Disneylândia cercada de homens-Bomba.
As sensações já não traduzem a realidade, até elas estão sendo enganadas por esse mundo irreal que criaram para nos fazer acreditar que a vida é completa, que está tudo no seu lugar, como somos babacas em acreditar “neles”(quem são eles? Nós é que não somos).
A força que move o mundo da infância é a imaginação, uma criança imagina a si mesma, ela se inventa e cria o seu próprio mundo, a criança é o adulto de olhos fechados mas que vê todas coisas sem vê-las, não tropeça nas próprias pernas, tropeça sim na sua inocência.Pois é assim que “eles” querem que sejamos, eternas crianças brincando no jardim de infância.
Tenho raiva de pessoas que se acham inteligentes e ficam vomitando palavras sem sentido, tenho raiva das pessoas que só falam de si mesmas, que só enxergam a si mesmas e o pior disso é que a maioria das pessoas são assim, isso me faz às vezes me sentir um “outsider”, é uma sensacão boa, mas ninguém percebe que me sinto assim.
Eu gosto de poesia, acho que a poesia é uma maneira simples de você se traduzir ou se codificar, o poeta coloca no papel sua essência, transforma em palavras uma parte de sua alma, às vezes parecem românticos quando na verdade estão sendo trágicos, cômicos quando queriam ser tristes.
A obrigação da felicidade é algo que me indigna, para mim é como uma paisagem na janela que apenas podemos olhar, como um corredor longo e sem fim, uma miragem como aquelas de dias quentes que se formam no meio da estrada, a felicidade para mim é algo irreal, algo que não almejo, mas isso não faz triste nem infeliz não, viu! Isso me faz sentir real, realista, a vida são só sensações, sombras, ninguém a experimenta na carne em toda a sua plenitude.
E esse papo de liberdade? Que besteira não(queria muito ter escrito “merda ‘no lugar de besteira..putz!saiu.).Tá somos livres e daí? Pra ficar vendo essa porcaria( queria muito ter escrito “bosta” mais ficaria deselegante e muito ofensivo...é) que vemos todos os dias, mulheres mostrando a bunda( muito ofensivo? Que tal ‘traseiro”? Hipócritas!), peitos cheio de silicone, essa geração que se acha punk e fura o corpo com percings e só são punks de butique, não tem ideologia e são meros consumistas que a indústria explora com voracidade.
Tô parecendo um velho falando, né? Melhor, muito melhor, acho que nasci tarde demais, queria ter nascido nos anos 50, para ter aproveitado quando o mundo ainda tinha ideologias e quando nem tudo era comercial, hoje “eles” já tomaram conta, ficou sem graça viver.
E eu me sentido um “outsider”, que babaca que eu sou, acho shopping um lugar legal para passear, tomo coca-cola pra relaxar, escrevo no Word, que babaca, que “outsider” de merda, ainda por cima usando termos em inglês, que idiota.Tô parecendo mal-humorada, sem esperança, negativa, revoltada e etc, imagina!
Sabem quem são “eles”?
Vou te dizer quem são eles, são as corporações que são donas de tudo e mandam no nosso destino, eles criaram essa idéia de liberdade só para você consumir “coisas” e de tanto você consumir essas coisas eles vão se impregnando em você e você acaba se transformando nessas coisas que você consome.Não estou me excluído não.(olha aí o babaca ‘outsider” falando)
Vivemos num imenso vídeo-game onde o amor virou uma “coisa” narcisista onde na verdade só amamos a nós mesmos, onde só o novo interessa, um feitichimo total, as pessoas só se excitam sendo outras, querem sempre estar fantasiadas, negam o tempo inteiro a si mesmas, droga de mundo ambíguo que nos faz sentir como baratas tontas !
Globalização maldita que só globalizou o tédio e a mentira que esse mundo é um bom lugar para se viver, essa sensação de impotência, essa velocidade de acontecimentos que não serve para nada...mas quer saber?
Tô nem ai!...

segunda-feira, 6 de julho de 2009


Eu existo pra você
Ao descobrir que o seu maior desafio seriam as relações humanas aquela mulher passou a pensar muito sobre o assunto. O exercício da autocrítica ensinado pela sua velha e boa avó Lili passou a fazer parte do seu universo interno insistentemente. O seu conceito de amor já não o estava fazendo bem, algo teria que ser mudado.
A sensibilidade é a sabedoria do coração, assim como o conhecimento é a inteligência do pensamento, e agora aquela mulher precisava encontrar um ponto de equilíbrio entre esses dois rios que correm dentro dela. A razão em demasia pode tornar as pessoas egoístas e a emoção exagerada deixa-nos frágeis e carentes demais. O desafio agora era usar a razão onde ela deva ser usada(resolver problemas, planejar a vida e fazer as escolhas conscientes e sem impulso) e permitir que o coração tenha sua voz sempre ativa.
A sensibilidade daquele mulher havia deixado seu coração exposto, a sua forma de amar o deixava dependente emocionalmente do amor. Embora ela soubesse através de sua razão que ninguém completa ninguém, tinha pavor de ficar sozinha. Não sozinha fisicamente, mas com o coração vazio, sem ninguém para amar e alguém para amá-la..
Aquela mulher como projeto de ser humano poderia sucumbir assim dessa maneira, então precisava tomar um novo rumo. O primeiro passo seria liberar o perdão a si mesmo e que sua individualidade não avançasse sobre o calor de seu afeto. Perdoar a si mesmo é reconhecer seus erros e acreditar na capacidade de corrigi-los.

A individualidade não é um instrumento do egoísmo, ela deve ser a nossa aptidão para vivermos sozinhos, de cuidar do nosso corpo e alma dignamente.

E tudo isso aliado ao reconhecimento que o outro não pode ser submetido, dominado e obrigado a fazer e a ser como queremos.
Aquela mulher estava descobrindo uma nova maneira de amar, sem diminuir o calor e a poesia desse seu ato mais sublime, seu grau de franqueza consigo mesmo ao ser transportado pra cá dá uma medida disso. Afinal ele não é automático, precisa estar reciclando o tempo todo para manter o frescor de sua alma.
Agora ela precisava derrubar as velhas pontes e construir novas, para que as relações afetivas futuras, e até mesmo as antigas, assumam um novo significado em seu caminho. A frase do psicoterapeuta Flavio Gikovate agora era como uma onda se atirando contra os pilares de seu cais “Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.”
Embora ela tenha sido sempre muito compreensivoa é muito critica, talvez isso tenha sido um dos pontos de atrito que desgastaram os amores tão bonitos que surgiram em sua vida, e aquela mulher tem buscado desesperadamente paz de espírito e não tem a encontrado. Não é fácil ser ela porque como está acordanda e não dormindo como a maioria das pessoas está sujeito a errar muito mais do que eles que repousam nos braços de Morpheu.
Aquela mulher provavelmente sou eu.

As mudanças que acontecem na nossa vida na maioria das vezes ocorrem de repente e a mais radical transformação pela qual passamos é a de vivo para morto, num dia estamos lá vivinhos da Silva noutro podemos bater as botas sem o menor aviso pegando todo mundo de surpresa.Ninguém quer ser mortal, mas somos e passamos a maior parte do tempo ignorando isso porque se você pensar a toda hora não vive, fica dominado pelo medo e essa paralisia atinge até a alma.
O medo de morrer pode anular e arruinar uma existência inteira.
E quando menos esperamos está lá, a oportunidade, a chance passando bem na nossa frente, com a boca escancarada e cheia de dentes. A nossa coragem é testada, o desafio tira o chão dos nossos pés e nos atira no ar: “Voe, se não tiver asas, crie”. Não adianta dizer para aquela chance “ainda não estou pronto” ela não espera, se vai e nunca mais olha para trás.
Uma mudança, quando consciente, não é algo que você faz, é algo que você permite.E é tão difícil mudar porque fugir ou fingir é muito mais fácil que mudar.

Soergo meu passado e meu futuroE digo à boca do Tempo que os devore.E degustando o êxito do AgoraA cada instante me vejo renascendo”

(Hilda Hilst)

 Só envelhece quem não tem sonhos. Quem se deita sem um sorriso. Quem deixa de acreditar em novos começos e histórias.  Quem deixa de querer...