domingo, 14 de junho de 2015

A maldade do tempo fez eu me afastar de você


Palavras não bastam, não dá pra entender
E esse medo que cresce e não para
É uma história que se complicou
E eu sei bem o porquê

Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços
Me entorta as costas e dá um cansaço
A maldade do tempo fez eu me afastar de você



E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão

Pro tanto que eu te queria, o perto nunca bastava
E essa proximidade não dava
Me perdi no que era real e no que eu inventei
Reescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer
E te dedico uma linda estória confessa
Nem a maldade do tempo consegue me afastar de você





Te contei tantos segredos que já não eram só meus
Rimas de um velho diário que nunca me pertenceu
Entre palavras não ditas, tantas palavras de amor
Essa paixão é antiga e o tempo nunca passou

E quando chega a noite, e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão


Quando pergunto a alguma amiga o seu tipo de homem, sempre respondem que são os homens-encrenca.
 Aqueles com ar de safado, sarados, bonitões, que têm no whats vinte mil mulheres, que têm milhares de amigas no face e no instagram. 
Postam fotos deles sem camisa, malhando, na frente do espelho...quase que se canibalizando...

Não podemos pré-julgar um homem porque ele é bonito. Porque até pode haver algo além da beleza. O mesmo ocorre com as mulheres, né? Muito lindas, sabem disso, postam fotos na frente do espelho, por diversas vezes com pouca roupa, na academia... E nem por isso elas têm menos na cabeça.

Só que o engraçado é que a esmagadora maioria dos homens que são bonitos, deixam subir-lhes à cabeça e se fazem de garanhões atiçando e usando as incautas.
 Talvez porque o assédio e as formas de tentar obter atenção e monopólio sejam desesperadoras...
A arma mais antiga e usada na humanidade pra se segurar alguém é o sexo. 
Dar, fazer que quer dar e não o executar...ficar no faz-de-conta que não quero mas quero...e ceder quando se sabe que o outro (ou outra) está quase desistindo de tanto jogo...

E muita mulher esperta cai na lábia, deixa-se envolver, usar... e ficar sem. 
Acabam apenas querendo tirar a cisma do cara bonitão e terminam por se encantar, porque o rapaz também tem lábia, óbvio.
E minha amiga vai pra um site de relacionamentos e escolhe os prováveis.
 Os possíveis... afinal, muita gente se conheceu assim e hoje está junto e feliz pra todo o sempre.
 Uma outra amiga só levou cinco dias entre o conhecimento e a união...que já vai pra dez anos e plena.
E aí que hoje casualmente é dia de Santo Antônio...o santo casamenteiro. Mas será que todas querem casar mesmo? 
Por diversas vezes a vontade da companhia momentânea se confunde com a união para todo o sempre.Eu me pego sempre nesse questionamento a la Rosane
Simpatias, torturas ao santo...eu já fiz uma vez e não tive muita sorte.
O primeiro foi afoito e o segundo cafajeste... Não torturei mais o pobre e dei a estatueta pra uma amiga mais devota e desesperada. E lancei mão dos sites. 

Optei pelos que não eram muito bem providos de dotes físicos, pra fugir dos possíveis safados...Ah, lobos em pele de cordeiro... Todos cacos... As velhas histórias de estarem em uniões por consideração, dever moral... Mulheres doentes, filhos problemáticos, e eles todos vítimas da situação, por terem um coração bom.

Pois bem, não podemos deixar as tradições juninas de lado, nem as esperanças de um cara legal, um rapaz que seja o ‘da hora’. 
Não tenho como deixar de citar uma frase de uma querida amiga e escritora, Evy Maciel, do seu 
“O homem dos meus livros” pra encerrar este texto: “O homem perfeito pode não ser o melhor em tudo, mas ele vai fazer o melhor pra você!”
Com certeza, muitas meninas irão pensar, e por que não sonhar? Suspirar e prosseguir.

No auge dos meus cinquenta anos eu me pego perguntando o que sera de fato o melhor pra mim...
Eu preciso mudar alguma coisa preciso pedir alguma coisa ao Ceus ?
Creio que nao ...
Agradeço por tudo tenho agradeço pela menina que alimento todos os dias  no meu intimo  afinal e ela que me traz o equilíbrio a serenidade de viver e nao ter a vergonha de ser feliz canatr e cantar e beleza de ser um eterna aprendiz ... 
Que venham mais cinquenta anos de muita aprendizagem de amor sempre incondicional sempre.
Obrigada meu Deus por todos esses amigos que colocaste na minha vida por todoas aqueles que de fato acredito serem anjos.


domingo, 7 de junho de 2015

Abaixo os cadeados viva os cinquenta primeiros anos de minha vida ...



Longe de mim querer acabar com o romantismo das pessoas.
 Há moças que ainda querem noivar, casar de véu e grinalda, gostam de receber flores... 
morrem de amor. Cada um com seu cada qual, mas eu não curto muito esses romantismos piegas...
Acho que um dia curti sei la ...acho que um dia me encantei mas o tempo me fez crer que sei sou mais objetiva pratica e consigo ver o mesmo romantismo na minha praticidade a la Rosane.

Aí que tiveram de retirar os cadeados da Pont des Arts em Paris. Ja  fui à Cidade Luz e, pasmem mais uma vez, nunca tive esse desejo na verdade nao vi graça alguma . Mas cadeado me lembra ‘cinto de castidade’. Não consigo associar a algo positivo, muito menos romântico. Cadeado é prisão.
Nao combina com as coisas nem com as escolhas que tenho feito ao longo desse meio seculo de Rosane.

Mesmo que se queimem sutiãs (desperdício absurdo), que se critiquem atitudes machistas... as mulheres se colocam num idílio amoroso à espera do Romeu. Colocam-se na torre esperando o príncipe que as salve. Mas do quê? Creio delas mesmas!

Não consigo aceitar que ainda hoje meninas acreditam que têm de dar provas de amor a rapazes que só as querem usar e partir. Moças que acham que o tal será fiel pro resto da vida ou deixará a vida da boemia pra estar, viver, ficar somente com ela. 
E será que elas realmente desejam isso?

Há muito que os filmes com pitadas açucaradas transformam-se em grandes bilheterias. Que coisas tipo ‘Cinquenta tons’ vendem como água, porque a mulherada sente-se carente. 
Vão pra cama com o namorado imaginando um Christian... Dio Santo e eu ainda prefiro um arco iris com aquele sapo que nem rolar rolou kkkk

E agora pra coroar as melações, vem aí mais um dia dos namorados.
Detesto essa data mais um motivo de preferir o meu retiro ...
 Mais uma vez meninas engraçadinhas que ficam postando que se alugam pro tal dia. 
Homens  que somem da vida das que se acham namoradas, pra não terem que gastar em presentinhos e afins.

Não sou pessoa amarga, triste, desiludida, mas há muito que tenho uma preguiça tremenda em tentar compreender o universo açucarado dos ‘e foram felizes para todo o sempre’! Prefiro o ‘e fui feliz comigo mesma para todo o sempre’!

Quem é feliz consigo, não se chateia por não estar acompanhada numa ocasião em que o comércio fatura mais que no dia das mães. Claro, há pessoas que têm vários namorados (ou namoradas).

Sentimentos que são medidos pelo preço do presente, pela surpresa criativa...pelos pedidos de casamento, pelos noivados oportunos...
 E o feed do facebook se transforma em uma ode à cárie de tanto açúcar! Cárie nos olhos, cárie no saco... Porque quem ama não diz, não faz outdoors, não espera elogios e festejos. 
Quem ama sente, e através dos gestos mais simples do dia-a-dia faz-se de presente, e não dá presente.

O rostinho bonito enruga, o bumbum altinho cai, o sexo não é mais tão frequente...
 Mas o sentimento real sobrevive a isto tudo.
 E não se quer mais nada a não ser estar do lado apenas. 
Porque o que se constrói aos poucos não precisa de arroubos, pompa ou circunstância.
O que se constrói utilizando a concretagem perfeita, baseado no bom humor, na afinidade intelectual...isto sim dura, se não para todo o sempre...mas dura por muito tempo.

Eu nao sou amarga mas realista pratica sem preder o romantismo permitido por lei nada de viajar na maionese ...

sexta-feira, 5 de junho de 2015

“Alice nos País das Maravilhas a la Ro descobrindo as maravilhas dos 50 anos kkkk"


Celia, uma querida e grande amiga, entre conversas por e-mail, trocas de impressões, confidências e afins, inspirou-me ao citar “Alice nos País das Maravilhas”.
Ao encontrar com o gato, Alice pergunta se pode ir por aquele caminho que vê, mais ou menos assim. E ele responde com outra pergunta: se ela sabe aonde deseja ir. Ela diz não saber. E ele conclui que se ela não sabia aonde desejava ir, qualquer caminho servia.
E comecei a pensar em quantas vezes nos boicotamos subjetivamente. Quantas vezes não escolhemos pelo simples fato de não sabermos o que queremos. Deixamo-nos levar pelas situações, pessoas. Colocamo-nos numa espécie de piloto automático tentando ludibriar nossas vontades, porque decidir é sempre um fardo.


Quando tomamos uma decisão, por mais correta que a julguemos, mesmo que pesemos os prós e contras, em um determinado momento de nossa caminhada, olhamos pra trás, pra bifurcação deixada e nos indagamos: e se eu tivesse decidido diferente? E se eu tivesse dito ‘sim’ em vez de ‘não’ ...
Aí é mais fácil sermos zumbis.
 Estarmos alheios aos nossos desejos e fazermos o que os outros fazem porque já conhecemos os resultados. Trilharmos os caminhos já marcados, porque tememos ter que recomeçar do zero, sozinhos, sem dinheiro... em outra cidade... uma nova vida.
Mas por que a gente tem tanto medo? Por que temos que ser tão precavidos?Tão comedidos? Tão previsíveis? 
Por que temos que ser tão iguais a tantos e tantos outros?
Não. Chega de sermos tão simplórios e covardes. 
Ousemos um pouco, porque viver sem frio no estômago é um vegetar entre as pessoas, um vegetar fingindo ser gente.
Ser invisível é cômodo, mas também é perder oportunidades, perder suspiros e entregas.
 Perder o crítico, o impoderável, o surpreendente, que a vida que é pra ser vivida nos espreita ali na esquina querendo nos convidar a brincar.

Porque ser sério, pesado, solene e tributável, é limitar todo um mundo que cada ser encerra em si. Encerrar? Abra as janelas, os olhos e os braços...
Abra o coração. Não tema nada. Jogue-se, porque cair e levantar nos fortalece e nos aponta o norte das melhores e mais incríveis possibilidades.
Abrir o coração não é se fragilizar desnudando-se, é preparar-se pro mergulho, até a raiz de seus cabelos (pintados ou não).
Abrir o coração é mostrar que se é forte e que estamos aqui... e não a passeio.
Abrir o coração não é dizer sim pra tudo, mas dizer não na hora certa, mudar de idéia, balançar a cabeça e saber que se nós queremos, é porque podemos.
É nos sabermos senhores (e senhoras) de nós mesmos. 
 E ao sermos felizes, quem nos ama e se importa com a gente será feliz também.

 Só envelhece quem não tem sonhos. Quem se deita sem um sorriso. Quem deixa de acreditar em novos começos e histórias.  Quem deixa de querer...