domingo, 7 de setembro de 2014

Mais um ANO

Thiti  queria muito te dizer coisas que me fogem sabia?? olha que fugir da sua mae não é algo fácil ne?? rs
Mas resumidamente quero que vc nunca esqueça o quanto voce foi desejado, eu conversavamos antes mesmo do seu nascimento, e o seu nascimento me transformou radicalmente .
Como sempre digo as amigas a maternidade foi; e é pra mim a maior viagem uma viagem sem volta. Amo ser mãe
Amo vcs, lamento profundamente ter assumido os papel de pai creio que no momento que vc mais precisou de um ne?? Me perdoe filho.
Continuo pedindo a Deus todos os dias que tanto vc como seus irmaos consigam resgatar boas lembranças , pois nos tivemos e temos.
O ser humano tem uma tendencia as vezes a registrar os defeitos ressaltar magoas as vezes pequenas se esquecendo detalhes que certamente devem ser lembrados.
Sempre falamos a verdade lembra??
“ A questão não é dizer a verdade, mas sim a maneira como a diz”.A forma como as coisas são feitas faz toda a diferença e isso só um pai ou uma mãe pode ensinar a um filho que futuramente também será “gente grande” como nós somos agora.
Meu amor juro nao sei o que falar ...
Só queria que vc sentisse meu amor ...
Lembro daquela manha com perfeiçao...hum e eu querendo sentir dor e nada de dor alguma aiii só eu mesma ne??
Aquele seu primeiro choro... 
E o primeiro dia de escola hahahaah
E como vc ria dos meus cabelos vermelhos kkkk
O primeiro mergulho, quando vc chirava de fome  , E quando vc me perguntou se eu seria só mãe lembra ??
Bom essa frase foi definitiva pra eu rever minha dedicaçao profissional , um sinal de alerta importante.
Lucramos todos nós quando acordei para os verdeiros valores da vida.
KKKKK Definitivamente nao consigo escrever nada pode??
Chegamos aqui certo.
Saiba que vc será sempre meu bebe meu menino e pronto.
Tenho certeza que o Beto deve rir muito e feliz por saber que vc tem tudo de bom dele outra coisa que eu nunca duvidei.
Pra finalizar: sonhe sempre nao tenha vergonha de fazer suas escolhas , ame muitooo e sempre a todos e a tudo.
Escolhi essa cançao a mesma do ano passado heimm Dias de Luta pra vc com todo meu carinho.
E agradecendo a Deus pela graça de ser sua mãe .
Bjus meu anjo das asinhas quebtrada
Boferinha rs kkkk Thiti
Deus o abençoe sempre!!








Vale compartilhar ....A Ciência Sexual ou a Sexualidade Feminista?



Identificamos que a sexualidade é o modo com o qual cada pessoa expressa sua identidade, se comporta, se compreendem e atua dentro do mundo e chegamos a conclusão que todo ambiente é sexualizado, pois é produto de todos os conflitos e contradições existentes numa cultura, expressando assim, tanto nos aspectos históricos quanto nas práticas econômicas e políticas, os reflexos do controle institucional do patriarcal sobre a vida humana.

Quando se pensa em uma educação sexual feminista é fundamental compreender que será preciso, antes mesmo de “falar de sexo”, colocar em cheque toda a nossa cultura.

Numa perspectiva libertária isso significa dizer que ao questionarmos o desenvolvimento histórico humano abrimos caminhos para que se explorem novas possibilidades de interpretação do mundo e o modo que as pessoas atuam e atuaram nele. Em uma análise, mais reduzida e específica, por exemplo, através de uma educação sexual feminista é possível questionar todas as expressões de agressividade (humilhação e auto afirmação) que hoje se popularizaram com o nome de “Bullying”,como também do que se convencionou ser "masculino ou feminino".

TESTE DE EDUCAÇÃO SEXUAL FEMINISTA

Dentro da perspectiva levantada acima, vamos fundamentar este segundo texto num aspecto que interessa diretamente a educador@s, sem que isso exclua qualquer outra pessoa que não o seja, o questionamento da chamada “Scientia Sexualis”.

Ao lado as maçãs podres terão a disposição seis vídeos que exemplificaram, como antítese, exatamente a critica que será feita no texto.

A Scientia Sexualis em oposição à Educação Sexual Feminista
(Antes de iniciar a leitura desta parte propomos que as maçãs podres façam um teste na foto acima [imagem1] se baseado nas conclusões do primeiro vídeo da Discovery Channel.).

Foucault denominou de scientia sexualis (ciência do sexo) o conjunto de investigações modernas que pretendiam compreender este aspecto do comportamento humano. Entretanto, o resultado desta investigação (definição, esquadrinhamento, experimentos) produziu a multiplicação de mecanismo controladores da sexualidade através do discurso.


Atualmente, o objetivo do mecanismo controlador da sexualidade é construir falsas verdades a partir de conceitos, técnicas e teorias cientificas que se apresentam como “totalmente comprováveis”, em outras palavras, a scientia sexualis tenta construir “verdades absolutas/inquestionáveis sobre o sexo e o comportamento humano”, jogando para o inconsciente (impossível de se provar) as respostas biológicas para a sexualidade humana, todavia, sem nenhuma crítica social e extremamente comprometida com senso comum do evolucionismo e do racismo e “preconceitos” oficiais que determinam “a feminilidade e a masculinidade” a partir dos padrões de beleza oficiais.


O principal aliado deste controle social é o discurso médico que transforma em patologia ou anomalia o que não é heteronormativo e destina conceitos de superioridade moral e estética a heteronormatividade, impondo ao sexo/sexualidade a função da reprodução biológica (nem precisaríamos lembrar que na construção dos Estados Nacionais Modernos existia uma forte filosofia econômica que se fundamentava na idéia de que “a nação mais rica será aquela que possuir em suas fronteiras mais trabalhadores e soldados” [História do Aborto - Giulia Galeotti]. Para saber mais sobre esta doutrina política leiamaqui e aqui ou aqui.).





Foucault também identifica que o discurso da sexualidade surgido da scientia sexualis gerou um dispositivo de poder sobre o comportamento humano que se integrou aos demais dispositivos terminais de poder existentes (como as leis, a violência ou a religião), e que para nós das MAÇÃS PODRES, consolidaram ainda mais os mecanismos de dominação machista. Assim, a ciência sexual passou a produzir experimentos e conclusões que se integram aos interesses sociais masculinos, respondendo ao interesse econômico (consumo) e patriarcal (dominação e controle dos corpos).


A conclusão de Foucault, em grosso modo, é que tais dispositivos tiveram como conseqüência ahisterização do corpo da mulher, asocialização das condutas de procriação (mito da frigidez feminina relegando a sexualidade das mulheres ao nível fundamental reprodução e legitimação do “incontrolável impulso sexual dos homens” como natural),psiquiatrização do prazer "perverso" (onde toda forma de sexualidade que não fosse heteronormativa era classificada como patológica) e a pedagogização do corpo da criança (doutrinamento heteronormativo institucional da sexualidade humana desde o berço).


Percebam que as principais justificativas que hoje são dadas para legitimar os “desvios sexuais”, a “infidelidade masculina” ou as "diferenças comportamentais entre os sexos” tem como base de suas análises a "inquestionável verdade da genética”, ou seja, a mesma imutabilidade biologicista que se destinou a explicar/legitimar a falsa superioridade racial dos brancos ou mesmo a pretensa “superioridade sexual” masculina. E é exatamente neste ponto que passamos a entender os motivos pelos quais quando se fala em “educação sexual nas escolas” estamos oficialmente falando de aulas de biologia, ou seja, da matéria que estuda a mecânica do sistema reprodutivo (masculino e feminino), ao invés de falamos de comportamentos humanos, algo muito mais ligado a cadeiras de sociologia, filosofia ou história (que muitas vezes são apresentadas de maneira tão técnica e fria quanto é uma maca hospitalar).
Assim, ao se referir a sexualidade como fenômeno fisiológico (útero, vulva, vagina, glândulas mamárias, testiculos, espermatozoides, cais reprodutivos, etc) as instituições patriarcais excluem todas as caracteristicas fisicas externas que individualizam as pessoas e tiram da perspectiva educacional os motivos estéticos , subjetivos e sociais que geram a "atração fisíca", porque eles estão envolvidos em rígidos valores de ordem moral (cabelo "bom ou ruim", rosto "bonito ou feio", corpo "gordo ou magro" ou "agressividade masculina vs. fragilidade feminina", racismo, homofobia, etc), que os patriarcas não ousam/permitem questionar com profundidade.
Mas como os dispositivos de poder vêm atuando sobre a sexualidade utilizando-se do falso discurso da liberdade sexual contemporânea? Em que níveis de cominicação nosso comportamento sexual é controlado em favor das estruturas sociais vigentes?
O discurso da sexualidade na mídia e controle sexual nos lares


No Brasil, até o período do regime militar ainda era possível manter a sexualidade dos lares abafada pelos os véus do silêncio e da moral religiosa. Sentados a cabeceira das mesas, como bons pais tradicionalistas, na hora de reunir a família para jantar, as vozes dos meios de comunicação rezavam sob a cartilha da fé dos generais.A homossexualidade era considerada um tema proibido de ser abordado, com um mínimo de realismo e descência. A extensão do autoritarismo militar representava o espectro da autoridade paterna que mantém sob controle, através do medo, a boca e o sexo dos filhos e das esposas, e a força (armada) da censura significava o dedo em riste da paternidade ou a palmatória da mão castradora da autoridade educacional que tinha como método de controle a negação da sexualidade. Assim os meios de comunicação eram usados como instrumento do adestramento social. Mas mesmo censurada, a sexualidade estava lá presente nas cabeças e forçadamente escondida nas cobertas, como poeira que se varre para debaixo do tapete, da qual não vemos, contudo sabemos que existe e onde se encontra.


Não por coincidência, após a queda do regime militar, a televisão e, mais recentemente, a internet bombardearam a sociedade com imagens e discursos sexuais. E, inclusive, parecem ter produzido novas percepções sobre os comportamentos sexuais. Esta transformação seria um produto democrático e livre, se isso significasse uma verdadeira libertação das correntes normativas do conservadorismo. Mas não é. A introdução do tema sexualidade nos meios de comunicação tem por função ser tão controladora quanto qualquer outra forma de expressão patriarcal. Se hoje os pais falam de sexo com suas filhas é para evitarem uma gravidez na adolescência, se falam sobre drogas é para evitar “a delinquência juvenil”, se falam sobre homossexualidade é pra evitar “o sofrimento social” que estará por vir. É tudo “proteção”. Não se fala de sexo para que as pessoas tenham livre uso do corpo, mas por puro controle. E sabem como sabemos disso?





Apesar da novela ter abordado a temática
homossexual, o beijo entre as personagens gays
foi "evitado", contrariando a alta espectativa polular



Porque a sexualidade que invade nossos lares, por meio de novelas, séries, reality shows, programas de auditório e filmes se fazem sem a possibilidade de troca ou diálogo. A TV ou o PC na sala de estar ou nos quartos, são o novo altar do padre, o novo púlpito do mestre, em que trocamos o “amém”, da igreja, ou o “sim senhor”, da escola, pelo “fala que eu te escuto” dos telejornais e sites pornôs. Também como na censura, banalizar o sexo através da imagem e dos discursos, na prática significa o mesmo que não mostrá-lo,

pois como bem disse Foucault: “falar de sexo é um modo de não fazê-lo”. E, assim, bombardeadas por imagens vazias e discursos neoliberais, as pessoas silenciam os conflitos e as contradições presentes dentro das famílias e dentro de si mesmas, o corpo torna-se então um objeto mercantilizado. Toda propaganda de carro, roupa ou comercial de cerveja usa de imagens ou associações com o sexo para estimularem o consumo e não para um exercício extra-normativo. A grande mídia é utilizada como moedor de carne para alimentar as engrenagens econômicas.

Com os mesmos métodos dos professores tradicionais e catequistas, que falam, falam, falam e só aceita “uma resposta tida como certa”, a mídia oferece o sexo através do consumo (vocês poderão observar a partir do 12º minuto do 3º vídeo), como alívio ou válvula de escape da sexualidade represada e reprimida pelas diretrizes patriarcais.

Cada imagem de vestes curtas e decotadas são feitas para exaltarem as diferenças sexuais entre meninos e meninas que não podem transar em casa e nem na rua. É o “estímulo+proibição=repressão”. Cada cena de moto para que os rapazes da periferia finjam fugir para longe de casa, com o sonho de ter alguma donzela aprisionada na garupa, representam a fórmula da “liberdade+isolamento=poder masculino”. Para meninos homossexuais são ilustrados modernos cortes de cabelo e roupas coloridas, para que possam ser identificados de longe, mostrando o quanto são “estranhos”, como dizem seus pais (individualidade=a consumo). E assim a grande mídia, que antes trabalhava no silêncio, hoje fala para silenciar, “erotiza” para “deserotizar” e, sem censura, mas em descarada surdina, vende produtos como sexo e a sexualidade (comportamento/identidade pessoal) como um produto. A mensagem é: “Para quem possuir dinheiro, o sexo será fácil de ser consumido”, porém, consumido (como excremento) o sexo torna-se mais fácil de ser descartado. A grande mídia introduziu dentro dos lares a idéia de que os afetos libertadores são como dejetos físicos, e que a felicidade e a sexualidade de uma pessoa podem se medidas através do consumo e da propriedade. O consumo é a sublimação do sexo e o consumismo é a sublimação da sexualidade.
A educação sexual feminista como um discurso de “contrapoder”





Se a Globo censura e a igreja proibe, nós não

Segundo Naumi Vasconcelos, “uma aula de educação sexual deixaria de ser apenas um aglomerado de noções estabelecidas de biologia, de psicologia e moral, que não apanham a sexualidade naquilo que lhe pode dar significado e vivência autêntica: a procura mesmo da beleza interpessoal, a criação de um erotismo significativo do amor”. Então, diferente do modo que normalmente se utiliza, o discurso sobre a sexualidade no feminismo possui como objetivo o reconhecimento das individualidades. O sexo deixa de ser uma expressão reprodutiva (conjunto de órgãos fisiológicos) ou consumista e passa expressar um comportamento de respeito interpessoal capaz de superar os valores morais que derivam de qualquer intolerância ao que significa ser “diferente”.

O discurso de contrapoder que a educação sexual feministadeve alcançar, estabelece uma oposição a “transformação de qualquer corpo em mercadoria”. Se a liberdade de expressão abriu as portas para uma sexualidade mercantil que se vê refletida em comerciais de cerveja, novelas e outros materiais pornográficos, a educação sexual feminista visa sensibilizar as pessoas contra a “brutalidade daqueles que foram brutalizados e deram origem a uma nova mitologia sexual”(Highwater). É neste ponto que o feminismo acaba também atingido em cheio o machismo que também machuca alguns homens, pois evita que o corpo masculino se torne uma arma contra mulheres e homens ou que novamente aqueles que foram violentados convertam sua opressão em violência contra crianças, mulheres e outros homens.

Viva o movimento feminista!
Texto: Ana Clara Marques e Patrick Monteiro






Amor e desejo





Na língua Grega, o termo “amor” tem uma tríplice acepção: agapé que significa cura, benevolência; eros que significa amor erótico; filia que significa amizade.

A etimologia do termo nos remete a: “entrar em…” ser em…”. Em relação à nós mesmos, o amor pode ser entendido como o “ir ao encontro de nós próprios”, “ entrar no profundo de si”.

Podemos definir o amor como tudo aquilo que através do desejo, nos move da interioridade para a vida. Ou ainda como a atração que nos inclina para um objeto diferenciado em relação aos outros, para o qual convergem energias, aspirações, desejos e pulsões.
Paixão: do latim passione = sofrimento, sentimento excessivo; amor ardente; afeto violento.

Paixão, palavra de origem Grega derivada de paschein, padecer uma determinada acção ou efeito de algum evento. É algo que acontece à pessoa independente de sua vontade ou mesmo contra ela. De paschein derivapathos e patologia. Pathos designa tanto emoção como sofrimento e doença. As paixões, entendidas como emoções, mobilizam a pessoa impondo-se à sua vontade e à sua razão.

É uma vivência complexa que geralmente é prolongada, podendo ser duradoura mas raramente perene.
O amor, num sentido amplo, é um forte sentimento de apego.
O amor gera desejos positivos e construtivos capazes de nos levar a sacrifícios quotidianos que em condições normais só faríamos por nós mesmos

Amor romântico. Amor obsessivo. Amor apaixonado. Paixão. Estar apaixonado é uma experiência universal à humanidade; faz parte da natureza humana.

É um sentimento volátil, com frequência incontrolável, que se apodera da mente, trazendo alegria em um momento e desespero no outro.

O que é o amor? Entre as muitas definições está a de que este é um sentimento que nos dá a alegria pela mera existência do ser amado.

O objectivo final do amor, ainda que inconsciente, é encontrar um parceiro apto com quem se unir e ter filhos.
Amor romântico. Amor obsessivo. Amor apaixonado. Paixão. Homens e mulheres de cada época e cultura foram "enfeitiçados, amolados e aturdidos" por este poder irresistível. Estar apaixonado é universal à humanidade; faz parte da natureza humana.
Além disso, esta magia ataca a cada um de nós praticamente da mesma maneira.
Significado especial:Uma das primeiras coisas que acontecem quando você se apaixona é que você vive uma mudança drástica na consciência: seu "objeto de amor" assume o que os psicólogos chamam de "significado especial". Seu amado torna-se singular, único e sumamente importante.
Atenção concentrada: A pessoa possuída pelo amor concentra a atenção quase completamente no amado, com frequência em detrimento de tudo e todos em torno dela, inclusive trabalho, família e amigos. Ortega y
Fervor emocional: Nenhum aspecto isolado de "estar apaixonado" é tão familiar ao amante do que a torrente de emoções intensas que inundam sua mente.
Catulo, o poeta romano, certamente foi arrebatado. Escrevendo para sua amada, ele disse: "Você me enlouquece. / Ver você, Minha Lésbia, tira-me o fôlego. / Minha língua congela, meu corpo/ enche-se de chamas".

Ono No Komachi, uma poetisa japonesa do século IX, escreveu: "Deito-me desperta, quente/ as chamas crescentes da paixão/ explodindo, inflamando meu coração"

A mulher do Cântico dos Cânticos, a carta de amor hebreu composta entre 900 e 300 a.C., lamentava: "Desfaleço de amor".

E o poeta americano Walt Whitman descreveu este turbilhão emocional perfeitamente, ao dizer: "Esta furiosa tempestade galopa por mim — tremo apaixonadamente".(adorei essa parece coisas de Rosane mesmokkkk)




Energia intensa: A perda de apetite e sono tem uma relação direta com outra das sensações esmagadoras do amor: uma enorme energia.

Oscilações de humor: do êxtase ao desespero: "Ele deriva pela água azul/ sob a lua clara,/ pegando lírios brancos no Lago Sul./ Cada flor de lótus/ fala de amor/ até seu coração se despedaçar." Para o poeta chinês do século VIII Li Po, o romance era doloroso.




A paixão romântica pode produzir uma variedade de mudanças estonteantes de humor que vão da exultação, quando o amor é retribuído, à ansiedade, desespero ou até raiva quando o ardor romântico é ignorado ou rejeitado. Como coloca o escritor suíço Henri Frederic Amiel, "Quanto mais um homem ama, mais ele sofre". Os povos tâmeis do sul da Índia chegam a ter um nome para esta enfermidade. Eles chamam este estado de sofrimento amoroso de "mayakkam", que significa intoxicação, tonteira e ilusão.




O desejo de união emocional: Esta necessidade assoberbante de união emocional, tão característica do amante, é memoravelmente expressa em O banquete, o relato de Platão de um jantar em Atenas em 416 a.C. Nesta noite festiva, algumas das mentes mais brilhantes da Grécia clássica reuniram-se para jantar na casa de Agaton. Enquanto se reclinam em seus divãs, um convidado propõe que se divirtam com um tópico de discussão, apenas desportivamente: cada um deles deveria descrever e louvar o Deus do Amor.

Todos concordaram. A flautista foi dispensada. Depois, um por um, eles usaram sua vez para louvar o Deus do Amor. Alguns consideraram esta figura sobrenatural a mais "antiga", a mais "honrada" ou a menos "preconceituosa" de todos os deuses. Outros sustentaram que o Deus do Amor era "jovem", "sensível", "poderoso" ou "bom". Mas não Sócrates. Ele começou sua homenagem contando o diálogo que teve com Diotima, a esposa sábia de Mantinea. Falando do Deus do Amor, ela disse a Sócrates: "Ele sempre vive em um estado de necessidade".

"Um estado de necessidade." Talvez nenhuma expressão em toda a literatura tenha apreendido com tantaclareza a essência do amor romântico apaixonado: Necessidade.

À procura de pistas: Quando os amantes não sabem se seu amor é apreciado e retribuído, eles se tornam hipersensíveis aos sinais enviados pelo adorado.

Como escreveu Robert Graves, "Ouvindo uma batida na porta, esperando por um sinal".
Mudança de prioridades: Muitos apaixonados também mudam o estilo do guarda-roupa, os maneirismos, os hábitos, às vezes até os valores para conquistar o ser amado.
O campeão do amor cortesão do século XII, André Capelão, resumiu este impulso escrevendo as palavras: "O amor não pode negar nada ao amor".
Os amantes reorganizam a vida para acomodar o ser amado.
Dependência emocional: Os amantes também se tornam dependentes do relacionamento, muito dependentes. Como o Marco Antônio de Shakespeare declarou a Cleópatra,
"Tinha eu o coração atado por fios a teu leme". Um antigo poema hieroglífico egípcio descrevia a mesma dependência ao dizer: "Meu coração é um escravo/ se ela me abraça".35 O trovador do século XII Arnaut Daniel escreveu: "Sou dela da cabeça aos pés".36 Mas Keats foi o mais apaixonado, escrevendo: "Em silêncio, para ouvir teu terno respirar,/ E assim viver para sempre — ou desvanecer até a morte".*

Como os amantes são tão dependentes de um amado, eles sofrem uma terrível "ansiedade de separação" quando não estão em contacto. Um poema japonês, escrito no século X, padece deste desespero. "A manhãzinha cintila/ no brilho difuso/ da primeira luz. Sufocado de tristeza,/ Eu te ajudo com tuas roupas."

Os amantes são marionetes que balançam das cordas do coração do outro.




Empatia: Os amantes sentem uma enorme empatia pelo amado.

O poeta E. E. Cummings escreveu encantadoramente sobre isso, dizendo: "ela ria sua alegria ela chorava sua tristeza". Muitos amantes chegam a se dispor a se sacrificarem por seu amado. Talvez o sacrifício de Adão por Eva seja a oferta mais dramática de toda a literatura universal. Como Milton a descreveu, depois de descobrir que Eva havia comido da maçã proibida, Adão decide comer ele mesmo da maçã — o que ele sabe que levará à expulsão deles do Jardim do Éden e à morte. Adão diz: "pois contigo/ por certo minha resolução é morrer".




A adversidade aumenta a paixão: A adversidade com frequência alimenta a chama. Chamo este curioso fenómeno de "frustração-atração", mas é mais conhecido como "efeito Romeu e Julieta".

Até as discussões ou rompimentos temporários podem ser estimulantes.

Um dos exemplos mais divertidos da literatura de como a adversidade aumenta o romance é a peça de um ato de Tchekov, O urso.40

Neste drama, um proprietário de terras mal-humorado, Grigori Stepanovitch Smirnov, aparece na casa de uma jovem viúva para pegar um dinheiro que o marido morto devia a ele. A mulher se recusa a pagar um cópeque que seja. Ela está de luto, explica, e grita bruscamente para ele: "Não estou com espírito para me preocupar com questões monetárias". Isto lança Smirnov num discurso contra todas as mulheres — chamando-as de hipócritas, falsas, cruéis e ilógicas. "Brrrr!", ele diz com veemência, "Tremo de fúria". A raiva dele incita a dela e eles começam a trocar insultos aos gritos. Logo ele apela para um duelo. Aflita para fazer um buraco na cabeça dele, a viúva pega as pistolas do marido morto e eles tomam posições.

Esta estranha relação entre a adversidade e o ardor romântico é vital em todos os amantes das grandes lendas do mundo. Se incitados por dificuldades de um ou outro tipo, eles só se amam ainda mais.

Dickens disse sobre isso: "O amor com frequência cresce de forma mais abundante na separação e sob as circunstâncias mais difíceis". É bem verdade.

Esperança: "Digamos que eu pudesse viver em esperança", argumenta o rei Pirro com Andrômaca no drama de amor e morte de Racine. Por que os amantes devem continuar a ter esperança, mesmo quando os dados lançados pela vida saem incansavelmente contra eles? A maioria ainda espera que o relacionamento renasça — até anos depois de ter terminado amargamente. A esperança é outra característica predominante do amor romântico.
Uma ligação sexual: "Eu preferia morrer cem vezes a ficar
sem o teu doce amor.
Eu te amo.
 Eu te amo desesperadamente. Eu te amo como amo minha própria alma
." Assim declarou Psiquê ao marido, Eros, em O asno de ouro, romance do século II de Apuleio. "Ardendo de desejo", continua a história, "ela se inclinou e o beijou impulsivamente, impetuosamente, com um beijo depois de outro depois de outro beijo, temerosa de que ele despertasse antes que ela tivesse terminado."
A poesia de todo o mundo atesta o intenso anseio do amante por união sexual com o amado, outra característica básica do amor romântico.
Freud, assim como muitos eruditos e leigos, sustentava que o desejo sexual é um componente central do amor romântico.48 Não era uma ideia nova.
Quem estudou o Kama Sutra, o manual do amor da Índia do século V, sabe que a palavra "love", "amor", vem do sânscrito "Lubh", que significa "desejar".

 Só envelhece quem não tem sonhos. Quem se deita sem um sorriso. Quem deixa de acreditar em novos começos e histórias.  Quem deixa de querer...