domingo, 7 de junho de 2015

Abaixo os cadeados viva os cinquenta primeiros anos de minha vida ...



Longe de mim querer acabar com o romantismo das pessoas.
 Há moças que ainda querem noivar, casar de véu e grinalda, gostam de receber flores... 
morrem de amor. Cada um com seu cada qual, mas eu não curto muito esses romantismos piegas...
Acho que um dia curti sei la ...acho que um dia me encantei mas o tempo me fez crer que sei sou mais objetiva pratica e consigo ver o mesmo romantismo na minha praticidade a la Rosane.

Aí que tiveram de retirar os cadeados da Pont des Arts em Paris. Ja  fui à Cidade Luz e, pasmem mais uma vez, nunca tive esse desejo na verdade nao vi graça alguma . Mas cadeado me lembra ‘cinto de castidade’. Não consigo associar a algo positivo, muito menos romântico. Cadeado é prisão.
Nao combina com as coisas nem com as escolhas que tenho feito ao longo desse meio seculo de Rosane.

Mesmo que se queimem sutiãs (desperdício absurdo), que se critiquem atitudes machistas... as mulheres se colocam num idílio amoroso à espera do Romeu. Colocam-se na torre esperando o príncipe que as salve. Mas do quê? Creio delas mesmas!

Não consigo aceitar que ainda hoje meninas acreditam que têm de dar provas de amor a rapazes que só as querem usar e partir. Moças que acham que o tal será fiel pro resto da vida ou deixará a vida da boemia pra estar, viver, ficar somente com ela. 
E será que elas realmente desejam isso?

Há muito que os filmes com pitadas açucaradas transformam-se em grandes bilheterias. Que coisas tipo ‘Cinquenta tons’ vendem como água, porque a mulherada sente-se carente. 
Vão pra cama com o namorado imaginando um Christian... Dio Santo e eu ainda prefiro um arco iris com aquele sapo que nem rolar rolou kkkk

E agora pra coroar as melações, vem aí mais um dia dos namorados.
Detesto essa data mais um motivo de preferir o meu retiro ...
 Mais uma vez meninas engraçadinhas que ficam postando que se alugam pro tal dia. 
Homens  que somem da vida das que se acham namoradas, pra não terem que gastar em presentinhos e afins.

Não sou pessoa amarga, triste, desiludida, mas há muito que tenho uma preguiça tremenda em tentar compreender o universo açucarado dos ‘e foram felizes para todo o sempre’! Prefiro o ‘e fui feliz comigo mesma para todo o sempre’!

Quem é feliz consigo, não se chateia por não estar acompanhada numa ocasião em que o comércio fatura mais que no dia das mães. Claro, há pessoas que têm vários namorados (ou namoradas).

Sentimentos que são medidos pelo preço do presente, pela surpresa criativa...pelos pedidos de casamento, pelos noivados oportunos...
 E o feed do facebook se transforma em uma ode à cárie de tanto açúcar! Cárie nos olhos, cárie no saco... Porque quem ama não diz, não faz outdoors, não espera elogios e festejos. 
Quem ama sente, e através dos gestos mais simples do dia-a-dia faz-se de presente, e não dá presente.

O rostinho bonito enruga, o bumbum altinho cai, o sexo não é mais tão frequente...
 Mas o sentimento real sobrevive a isto tudo.
 E não se quer mais nada a não ser estar do lado apenas. 
Porque o que se constrói aos poucos não precisa de arroubos, pompa ou circunstância.
O que se constrói utilizando a concretagem perfeita, baseado no bom humor, na afinidade intelectual...isto sim dura, se não para todo o sempre...mas dura por muito tempo.

Eu nao sou amarga mas realista pratica sem preder o romantismo permitido por lei nada de viajar na maionese ...

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 Só envelhece quem não tem sonhos. Quem se deita sem um sorriso. Quem deixa de acreditar em novos começos e histórias.  Quem deixa de querer...