sexta-feira, 5 de junho de 2015

“Alice nos País das Maravilhas a la Ro descobrindo as maravilhas dos 50 anos kkkk"


Celia, uma querida e grande amiga, entre conversas por e-mail, trocas de impressões, confidências e afins, inspirou-me ao citar “Alice nos País das Maravilhas”.
Ao encontrar com o gato, Alice pergunta se pode ir por aquele caminho que vê, mais ou menos assim. E ele responde com outra pergunta: se ela sabe aonde deseja ir. Ela diz não saber. E ele conclui que se ela não sabia aonde desejava ir, qualquer caminho servia.
E comecei a pensar em quantas vezes nos boicotamos subjetivamente. Quantas vezes não escolhemos pelo simples fato de não sabermos o que queremos. Deixamo-nos levar pelas situações, pessoas. Colocamo-nos numa espécie de piloto automático tentando ludibriar nossas vontades, porque decidir é sempre um fardo.


Quando tomamos uma decisão, por mais correta que a julguemos, mesmo que pesemos os prós e contras, em um determinado momento de nossa caminhada, olhamos pra trás, pra bifurcação deixada e nos indagamos: e se eu tivesse decidido diferente? E se eu tivesse dito ‘sim’ em vez de ‘não’ ...
Aí é mais fácil sermos zumbis.
 Estarmos alheios aos nossos desejos e fazermos o que os outros fazem porque já conhecemos os resultados. Trilharmos os caminhos já marcados, porque tememos ter que recomeçar do zero, sozinhos, sem dinheiro... em outra cidade... uma nova vida.
Mas por que a gente tem tanto medo? Por que temos que ser tão precavidos?Tão comedidos? Tão previsíveis? 
Por que temos que ser tão iguais a tantos e tantos outros?
Não. Chega de sermos tão simplórios e covardes. 
Ousemos um pouco, porque viver sem frio no estômago é um vegetar entre as pessoas, um vegetar fingindo ser gente.
Ser invisível é cômodo, mas também é perder oportunidades, perder suspiros e entregas.
 Perder o crítico, o impoderável, o surpreendente, que a vida que é pra ser vivida nos espreita ali na esquina querendo nos convidar a brincar.

Porque ser sério, pesado, solene e tributável, é limitar todo um mundo que cada ser encerra em si. Encerrar? Abra as janelas, os olhos e os braços...
Abra o coração. Não tema nada. Jogue-se, porque cair e levantar nos fortalece e nos aponta o norte das melhores e mais incríveis possibilidades.
Abrir o coração não é se fragilizar desnudando-se, é preparar-se pro mergulho, até a raiz de seus cabelos (pintados ou não).
Abrir o coração é mostrar que se é forte e que estamos aqui... e não a passeio.
Abrir o coração não é dizer sim pra tudo, mas dizer não na hora certa, mudar de idéia, balançar a cabeça e saber que se nós queremos, é porque podemos.
É nos sabermos senhores (e senhoras) de nós mesmos. 
 E ao sermos felizes, quem nos ama e se importa com a gente será feliz também.

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 Só envelhece quem não tem sonhos. Quem se deita sem um sorriso. Quem deixa de acreditar em novos começos e histórias.  Quem deixa de querer...