domingo, 27 de janeiro de 2019
Foram inúmeras chances dadas a ele para me fazer feliz, entretanto não oferecia chances a mim de me fazer feliz. Estranho como nos comportamos de maneira cruel com a gente não é mesmo?
Muitas vezes tiramos a responsabilidade de nós e passamos para o outro. Ele me faz infeliz e porque não o abandono? Porque meus filhos precisam de um lar com um pai vivo.
O dependente afetivo se cobre de desculpas por sua infelicidade e esquece por um tempo que suas permissões, crenças, imaturidade, teimosia, insistência, desânimo, falta de fé, baixa autoestima, má vontade consigo mesmo, preguiça, vitimismo e negativismo são seus cúmplices para não seguir em frente.
Foi me perdendo que me achei, foi achando que as pessoas tinham obrigação de me fazer feliz que vi que estava errada, foi descendo ao fundo do poço que enxerguei a lição que a vida estava me ensinando.
O ponto de partida foi me sentir destruída e sozinha, o que mais temia me aconteceu ficar só comigo mesmo. Eu detestava minha própria companhia por isso tinha que estar com alguma muleta me segurando.
O fundo do poço me fez “agir”, precisava entender o que acontecia comigo quando me relacionava com outras pessoas e me perdia no meio do caminho tentando me encontrar. Não compreendia onde errava porque não me observava, meu olhar era totalmente direcionado para o outro.
Aos poucos fui compreendendo que precisava aprender muito e tinha que quebrar muitas crenças. Precisei reinventar uma nova Flora com meus aprendizados. Eu quebrei a crença que “era uma infeliz”, esfacelei sem deixar nenhum vestígio. Eliminei minhas crenças e comecei a evoluir como pessoa.
No momento em que a gente entende a nossa dependência afetiva tudo passa a ser visto por nós de maneira mais clara, mas para entender a dependência é preciso mergulhar a fundo dentro de nós. E, a partir daí, entender o que é e como que a gente pode se transformar e fazer a diferença na vida da gente e de outras pessoas.
Que não faz sentido deixar de ser você para o outro existir. Não adiantará buscar respostas no outro do que somos e queremos. O que a vida quer de mim e de você é apenas “conhecimento de si mesmo” para que assim a gente possa acompanhar o fluxo da vida. Quando a gente para um tempo para nós mesmos nos conhecemos melhor, compreendemos esse movimento e evoluímos.
Todas as respostas estão dentro de você, busque-as, seja incansável!
Como Ana Jácomo escreveu de forma sábia: ”Não importa o quanto às vezes seja difícil, o quanto às vezes eu me atrapalhe, o quanto às vezes eu seja a densa nuvem que esconde o meu próprio sol, quantas vezes seja preciso recomeçar: combinei comigo não desistir de mim”.
A
la Rosane
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