terça-feira, 31 de julho de 2018

Tornar-se independente psicologicamente significa prescindir do vínculo de apego e deixar de ser prisioneiro de algo ou de alguém.
 alguém. Para isso, você tem de abraçar a solidão e reduzir os desejos nocivos que o dominam: um toque ascético e atrevido. Está disposto? Para a pessoa dependente, o simples fato de pensar em se desapegar dá calafrios. Apesar das boas intenções, não é fácil se libertar quando se está acostumado com a referência, a proteção e a fonte de prazer/afeto. Para conseguir isso, precisamos de estratégias, técnicas e uma determinação profunda. Quem é apegado perde a bússola interior que o norteia.

No Dhammapada (texto sagrado do budismo antigo), pode-se ler: Na verdade, é você mesmo quem se destrói, é você mesmo quem se suja. É você mesmo quem evita o mal ou se purifica. A pureza e a impureza mentais dependem de cada um, são pessoais, e ninguém pode purificar o outro. Se for cortada a raiz do desejo? Infelizmente, quem é apegado tem algo difícil a aprender: é você mesmo quem se faz mal. Se você é dependente, ao menor sinal correrá mansamente atrás de sua fonte de apego, assim como um bezerro recém-nascido vai atrás da vaca.

O que fazer então? É possível recorrer a uma das técnicas mais contundentes da sabedoria antiga, que perdurou por milhares de anos: não ligar a mínima para seu “amo”. Reverter a ferramenta de busca. Mostrar uma despreocupação descarada, indiferença total, tentando se Não precisa criar nenhum alarde nem tentar conscientizar toda a sociedade; é melhor ser um guerreiro silencioso, tão sigiloso quando puder, porque o trabalho é interior. Quando for capaz de dizer honestamente: “Você não me interessa mais”, terá recuperado o poder. Essa é a fortaleza de quem descobre sua liberdade original, esse é o seu mantra.

Texto do livro : Desapegue-se!: Como se livrar do que nos tira energia e bem-estar - Walter Riso-

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