Aliás os homens tem muita dificuldade para saber o que é verdadeiramente amor porque o sexo é algo que ocupa quase que o espaço máximo das prioridades masculinas.E o amor é algo bem mais complexo e ao mesmo tempo suave.
Sexo é prazer, mas o amor é paciência, sobretudo convivência,coisa que não é instantânea como o prazer. Talvez por esse detalhe eu justifique minha conduta e a minha forma de brigar pela qualidade na relação a que desejo pra mim...
Relação essa que não aceita nada que não seja inteiro pleno nada que não seja base para que nos acompanhe pelo resto de nossas vidas.
Nós os sensíveis não temos controle algum sobre o nosso coração, por isso muitos de nós não o deixa ir Longe demais...justamente para não sofrer muito depois.
Por que nós os sensíveis quando temos o coração partido ele fica espalhado por todo caminho e com os cacos do chão muita gente pode se ferir.
E só somos salvos quando encontramos alguém disposto a nos amar tanto que seja capaz de juntar todos os pedaços e colocá-los todos de volta no lugar. ( é assim que eu me senti quando te vi, foi essa a sensação que você me passou de alguém que chegou juntando os meus pedaços isso em janeiro de 1925)
Nós os sensíveis somos com um pequeno barco que navega pelo oceano.
Os sopros do vento inflam as nossas velas brancas e estas estufadas no empurram para frente, porém na popa de nosso barco, uma âncora foi jogada pela nossa porção obscura e está enterrada no fundo do mar...de um lado o vento nos empurra, do outro uma âncora nos segura.
Nós não somos reconhecidos nas ruas, não usamos roupas diferentes, não somos mais altos, mais baixos, nem mais gordos ou mais magros do que ninguém. Nós os sensíveis somos iguais a todo mundo por fora.
Mas por dentro nós nos despedaçamos para sermos mais inteiros, nós os sensíveis por fora podemos parecer comuns, mas por dentro com a alma do avesso, somos todos guardadores de rebanhos e pastores de estrelas
Nós os sensíveis um dia nos entendemos, mas no dia seguinte nos desconhecemos.
Por isso não há lugar seguro para os nós sensíveis, pois jamais seremos compreendidos onde quer que estejamos, somos constantemente devorados por animais mais famintos do que nós, somos Lobos das estepes como Hermann Hesse,que diria que de corpo, todo o homem é uno; de alma, nunca.
Ninguém pode ver nem compreender nos outros o que ele próprio não tiver vivido.
Para os nós sensíveis tudo é decido por obra do destino, pela graça divina ou por conseqüência de nossas paixões , abrimos as torneiras de nossos olhos e choramos diminuindo a profundidade de nossas dores derramando lágrimas profundas. Nós os sensíveis só sorrimos sinceramente e não para fingir para si e para todos que somos felizes a qualquer custo, o amor dos sensíveis é tão dramático quando o de Romeu e Julieta, pois só zomba de cicatrizes quem nunca foi ferido...
O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição...como diria o sensível e inteligente Aristóteles.
Nós os sensíveis tocamos a alma dos menos sensíveis do que nós com a ponta dos dedos, pois a nossa eternidade cabe no dia de hoje, somos excêntricos pela maneira de viver e ver o mundo, nós os sensíveis nos reconhecemos pelo olhar, mas também nos “sabemos” sem precisar de olhos, a intuição nos guia pelas esquinas escuras do mundo.
Nós os sensíveis somos os anjos de Deus em carne e osso, porque somos fortes no espírito, porém frágeis ao que dizem sobre nós...
“A fênix, esperando sua ressurreição, suporta as ardentes chamas que a consomem”.
Nós os sensíveis morremos todos os dias e nascemos no dia seguinte ainda mais sensíveis, somos invencíveis pela nossa própria dor e indestrutíveis por causa do nosso amor.
Nós os sensíveis vivemos no limite entre o antídoto e o veneno, mas por orgulho e por paixão não damos aos que nos odeiam a alegria de nos ver chorando, mas damos aos que nos amam a alegria de nos ver sorrindo.
Nós os sensíveis sabemos que um dia vamos morrer e mesmo assim queremos viver para sempre.
E isso acontecerá por causa da nossa sensibilidade, porque graças a ela tocamos muitas vidas e é por esse motivo que jamais vamos morrer, mesmo que não se lembrem mais do nosso nome...
Foto de Rosane Ribeiro.
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