Paralelas
Dentro do carro, sobre o trevo, a cem por hora, o meu amorSó tens agora os carinhos do motorE no escritório onde eu trabalhoe fico rico quanto mais eu multiplico, dimimui o meu amor...
Em cada luz de mercúrio, vejo a luz do teu olharPassas praças, viadutos, nem te lembras de voltar,de voltar, de voltar...No corcovado quem abre os braços, sou eu
Copacabana esta semana, o mar, sou eu e as borboletas do que fui pousam demais por entre as flores do asfalto em que tu vais...E as paralelas dos pneus n'água das ruasSão duas estradas nuasem que foges do que é teuNo apartamento, oitavo andar, abro a vidraça e gritoquando o carro passa:- Teu infinito sou eu, sou eu, sou eu, sou eu
No Corcovado, quem abre os braços, sou eu, Copocabana esta semana, o mar, sou eu e as borboletas do que fui pousam demaispor entre as flores do asfalto em que tu vais.
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