A forma como nos relacionamos com a nossa vida financeira é um dos traços mais marcantes de nossa personalidade, a fome por poder e status é um exemplo da compulsão humana por afirmação e aprovação.
A simples posse de dinheiro (às vezes até a simples visão deste) nos confere um prazer comparável ao sexo, por isso fazemos o uso emocional do dinheiro, os que são avarentos , existem ricos que chegam à loucura de viverem como pobres, são pessoas extremamente inseguras, medrosas e sem ousadia para arriscar, já os perdulários satisfazem seus “vazios” com a compra de objetos e adornos que lhe confiram a aparência de alguém próspero e bem sucedido. Tem muita gente que por isso come mortadela e arrota caviar, vive de aparências e sustenta um padrão de vida incompatível com sua real situação financeira.( creio que já me enquadrei em várias situações do tipo como essa) Talvez por isso mesmo tenha acelerado meu crescimento emocional quando aos 17 anos comprei minha primeira moto , quando comecei a pagar a primeira faculdade com a satisfação de não depender de ninguém ...( isso e outra estória prometo conta la um dia aqui pra que os meus netos leiam e ria muito)
Existe uma estreita correlação entre o dinheiro e a virilidade, por exemplo, os homens adoram ter carros possantes e que demonstrem o quão eles supostamente são bem afortunados e machos,a propriedade incita na fêmea os valores de segurança, qualidade imprescindível para o sexo masculino conquistar um par.Nelson Rodrigues dizia que “O dinheiro compra tudo, até o amor verdadeiro”.Quantos casamentos eu já ouvi dizer que foram por água abaixo por culpa de crises financeiras.Mas existe sim amor sincero, embora seja raro, e os donos desse amor, tanto homens quanto mulheres, são os verdadeiros bem-aventurados.
Então a minha maior Aquisição sempre foi e será a conquista do amor verdadeiro
Porém, os dias de hoje trouxeram uma equalização financeira entre os sexos, o macho provedor perde cada vez mais espaço na sociedade, as mulheres começam a analisar outros fatores em suas conquistas, hoje reflito e nem sei se essa conquista pode ser considerada um ganho real ou se apenas uma ilusão mais um fator que ao longo dos anos , nos faz sentir meio que masculinizadas diria que perdendo um lugar que até então seria apenas nosso( A mulher deixa de conduzir a doçura do lar para os labores ásperos do homem , não permitindo que o mesmo carregue para o ambiente domestico a riqueza de suas experiências ) Acaba faltando inspiração e atividade também .
Como li num trecho do Francisco Candido Xavier onde exemplifica bem dizendo:
” Como sustentar-se um rio sem a fonte, e como espalhar-se a água sem o leito do rio?”É bem verdade que dinheiro não tem a mínima importância, desde que a gente tenha muito, ninguém consegue viver somente com essencial é o supérfluo que realiza nossas fantasias, o segredo de nossa relação com o dinheiro é não deixar que o dinheiro nos possua e sim deixar claro para ele e para nós que nós é que somos donos dele, a felicidade não custa caro e a verdadeira segurança não é ter guardado dinheiro no banco, mas salvo na memória as boas lembranças, reserva verdadeira não é a financeira e sim a de sabedoria e de experiência, é preciso saber viver para conquistar o que o dinheiro não é capaz de comprar e não se frustrar com o que ele não pode.
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