Um pingo de amor para revolucionar...
Dizem as lendas que o amor é o sentimento mais nobre, pois tem o poder de mudar o ciclo de uma história ou a vida de qualquer pessoa que se deixar amar como se não houvesse amanhã.
Dizem ainda que o amor é uma construção de sentimentos nobres que vão dando vida aos corações desavisados e abertos a amar, dia após dia, dizendo que se tratar com nobreza o melhor ainda virá. Porém dão o alerta aos amantes da vida, que o amor que se ama só de nada vale. Nem devia existir, pois acaba se tornando num dos piores sentimentos...
Não dá para negar que vivemos momentos de desamor, numa sociedade líquida onde nada é para durar, porém esse comportamento é de quem não acertou o prumo da vida, não encontrou o eixo de sua existência e de quebra acaba influenciando outras pessoas sem luzes que acabam descobrindo somente quando a idade chega, que a vida é feita de ilusões, de fantasias e tantas outras coisas que o tempo trás e o tempo leva, mas só o amor verdadeiro faz a vida ter sentido.
Particularmente eu acho que o amor é como um toque de flauta, que para quem gosta encontra nele um som que invade a alma e traz ao coração velhos e novos sentimentos, anunciando à alma que estamos vivos e vivas carregados por um sentimento que nos faz viajarmos ao infinito.
Há quem o rejeite. Há quem o renegue. Há até quem se esconda nos arbustos que a vida pôs no caminho para dizer que nem exista, mas há uma legião de loucas e loucos que saem amando o sol, a lua, uma fogueira e se tudo conspirar a favor, cantarão, tocarão e dançarão, onde a união dos corpos será apenas o complemento de um momento, movidos pelo ato de amar e não a razão principal.
Num momento de pura tristeza, onde vemos o mundo desigual descer nas lamas de morros abaixo, levando consigo pessoas pobres que não tiveram melhores oportunidades de vida, ou vemos ainda pessoas amargas destilando venenos e desprezo pelo momento político, só mesmo o amor em todas as suas formas poderá nos levar do presente ainda incerto, para o mundo que cada um e uma de nós temos desenhado como cenário ideal e como projetos de vida.
Numa época de desencontros de pessoas perdidas, se esvaindo em comportamentos sem conexão com a vida real, se permitir amar de forma natural, acaba sendo um ato revolucionário e revolucionar é preciso para que o sonho do amanhã não se perca apenas nas nossas utopias.
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