domingo, 24 de junho de 2018

A la Rosane sempre



Algo dentro de mim pulsava dizendo: "essa vida é muito pouco para se viver nela", eu era intensa demais. Todos que me olhavam viam uma parede de ferro, uma brigona de carteirinha, entretanto nunca conseguiram enxergar o derrame que acontecia dentro de mim.  Não sentia nada que fosse suave, tranquilo e sereno. Olhava as pessoas com suas vidas tranquilas e pensava como conseguiam viver daquela maneira sem graça.

Se alguém pudesse abrir a minha mente iria ver o quadro de intensa atividade, pensamentos desconexos numa ida e vinda que me deixavam a mil por segundo.

Por anos destruí minha vida fazendo escolhas erradas, a cada novo
relacionamento um estresse, uma briga violenta, a cada nova amizade uma decepção, a cada novo trabalho uma perseguição de colegas ou mesmo de chefes e quando isso acontecia dizia: - Nasci para guerra e há de nascer quem vai me parar, não tenho medo de briga e muito menos de cara feia.

A minha vida foi um ringue de lutas. A única pessoa capaz de me parar foi eu mesma, por não aguentar tanta destruição e dor. Foi a maternidade foi te uma filha como a Lala que no fundo nao e nada diferente dos meninos : Junior e Thiago.
Filhos sao filhos e sao bencaos sao a vetdadeira oportunidsde de nos fazermos pessoas melhores ; de nos tornsrmos leoss sim mas cheias de carinho comprrensao eu dira nos faz esquecer coisas grandes , nos leva a valorizar um.simoles sorriso uma acolhida sincera.
Foi no caos que enxerguei a luz. Aceitar que tinha um lado suave foi um desafio para mim, afinal tinha como verdade que havia nascido com uma espada na mão e não achava certo ter que olhar minhas feridas e curá-las.

Na minha recuperação vi que passei anos lutando por coisas que nem me pertenciam. Estava tão acostumada a lutar que nunca havia parado para enxergar que muitas dessas guerras eram desnecessárias, me feri incansáveis vezes sem ter noção do que realmente fazia. Lutar, guerrear ou brigar era normal para mim.

Eu não conseguia enxergar as coisas como realmente eram, vivi muitos anos numa grande cegueira emocional. Com o tempo descobri que inconscientemente eu achava que as coisas deveriam ser como eu queria e isso foi chocante para mim.
Com o tempo aprendi a acalmar minha mente e isso não acontece do dia para a noite, precisei desenvolver a tolerância para esperar um resultado a longo prazo, pois queria que tudo acontecesse ao meu tempo e por isso desistia das coisas rapidamente. Ai nao tenho duvida minha maiir lucao de amor Lala Juninho e Thiti.
Fui aprendendo a compreender que existem coisas que demandam tempo e que não poderia me negar a chance de aprender.

Eu sou uma mulher intensa, faço tudo com amor e carinho, entretanto aprendi a focar essa intensidade de uma forma quase que poética dentro de mim.
Olhei para minha intensidade e descobri que vou do vermelho vibrante ao rosa suave, aprendi a lidar com meus tons vibrantes e aceitar minha suavidade. Minha alma é quente, nada de morno existe dentro de mim, nem de vontades covardes, nem de pessoas pela metade. E, por não suportar metades é que resolvi me entregar por inteira numa recuperação e venci todo aquele caos que acontecia dentro de mim.
Aceitando meu lado suave aprendi a lidar com minha intensidade. Meu lado suave não me permite me jogar de cabeça antes de avaliar os danos a minha pessoa, minha intensidade não me permite aceitar sentimentos pequenos e pessoas que vivem em cima do muro.

Como Gandhi disse: De forma suave você pode sacudir o mundo e eu sacudi o meu.  Uma lição preciosa de Tati Bernardi: Um milhão vezes zero é zero! Ou seja, não coloque sua intensidade onde não tem nada.


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