Se você acredita que algo ou alguém na sua vida é indispensável para sua felicidade, tem um grave problema pela frente, esta sendo dominado. Não me refiro ao ar que respira, `comida que o alimenta ou ao sono que o refaz, mas sim as necessidades secundárias das quais poderia prescindir sem que sua vivência emocional e psicológica fosse afetada de alguma forma. Pessoas realizadas são livres; pessoas apegadas são escravas de suas necessidades. Não importa a fonte do apego, seja fama, pode, beleza, autoridade, aprovação social, internet, jogo, moda ou casamento, o vício psicológico tornará sua vida cada dia mais insalubre: você vai se ajoelhar diante dele, cultuá-lo e viver sempre no limite de perdê-lo.
Criar uma relação de dependência significa entregar a alma em troca de prazer, segurança ou uma duvidosa sensação de autorrealização. Talvez você imagine que não é seu caso que você consegui se afastar das tentações. Não se vanglorie isso pode acontecer com qualquer um. Quando entra na mente, o apego se instala, e nem sempre é fácil detecta-lo. Muitas pessoas são dependentes emocionais e não se dão conta disso. Estão sempre com uma expressão sofredora e um sorriso forçado, mascarando uma autodestruição psicológica absurda e se deleitando com o autoengano. Porém não há remédio; o apego nos corrompe, afeta nossa integridade e nos torna cada vez mais fracos.
Você pode alegar que é difícil desapegar e/ou enfrentar os apegos. Isso é verdade. Entretanto, vale a pena tentar: é possível adotar um estilo de vida inspirado no desapego e sofrer menos. Não importa a que você esteja apegado, sempre poderá se livrar daquilo que o incomoda psicologicamente e começar de novo. Vamos esclarecer: ser emocionalmente independente (desapegado), no sentido que exponho aqui, não é cultivar uma autonomia egoísta e supervalorizada, mas sim desenvolver a capacidade de ter consciência e prescindir daquilo que impede o aprimoramento pessoal. Esse é o comportamento recomendado por Buda e em grande parte pela terapia cognitiva moderna: você poder ser livre interiormente se quiser. O desafio é este: livrar-se das dependências que o impedem de ser você mesmo.
Contudo, esse processo de libertação não é indolor, como às vezes s e insinua. Desapegar-se é assustador e doloroso, porque, ao fazê-lo, você perde grande parte dos pontos de referência com os quais se identificou durante anos. Se decidir emancipar-se emocionalmente, os objetos, pessoas e ideias que supostamente o definiam e lhe serviam de suporte deixarão de ter importância para você. Será um *sofrimento útil* que lhe permitirá olhar -se de frente, sem escudos defensivos nem tensões musculares. E,por mais que procure, não encontrará analgésicos para suavizar os defeitos do despertar para a realidade: o desapego abala a ordem estabelecida e leva a um crescimento pós-traumático radical. Você pode alegar que é um simples mortal e não tem nada de transcendental. Nãos e preocupe o desapego não é restrito a pessoas especiais ou a uma grupo seleto de super- heróis e iluminados; qualquer indivíduo com convicção e motivação suficientes tem acesso ao mesmo numa boa.
Por anos naveguei nos mares do apego a uma vida sem sentido, vivia perdida, vazia e sem direção e você que tal começar a se desapegar de tudo que lhe faz ser outra pessoa? Posso lhe dizer que dói por um tempo se desvencilhar de tudo, mas depois a sensação de liberdade e felicidade é uma das sensações mais gostosas que podemos conquistar traduz Paz e Serenidade ..
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