Mais uma novela chegou ao fim.
E o que temos em todas estes folhetins? Casamentos lindos, românticos. Vilões sendo punidos. Mocinhas engravidando de seus bofes amado.
Os vilões ou são punidos, como já falei, ou regeneram-se por conta do amor.
Os vilões ou são punidos, como já falei, ou regeneram-se por conta do amor.
Perdoados pelo elenco, admirados pelo público, porque herói de novela é uma ressaca de dar dó.
Os finais lacrimejantes e pra lá de enxovalhados, com cheiro de naftalina...
Os finais lacrimejantes e pra lá de enxovalhados, com cheiro de naftalina...
O mancebo que pede a moçoila em casamento, e são felizes para todo o sempre.
Sim, todo o sempre porque não há o dia seguinte, a sequência da novela...aquela em que as contas chegaram, os peitos caíram, os remelentos cresceram e não suportam mais os programinhas e risadinhas em família... Aquela felicidade nauseante que era decantada sempre antes das tempestades. Tipo filme de terror: quando um personagem secundário faz piada pra cativar o público e é morto no instante seguinte deixando a gente foribundo!
Casais moderninhos que se trocam e tem filhotes, adotam (porque o politicamente correto tem que aparecer...)... E todo mundo junto, quem sabe até padrinhos cruzados, pois em novela todo mundo tem um desprendimento absurdo, e o perdão à flor da pele é o lema no final.
Casais moderninhos que se trocam e tem filhotes, adotam (porque o politicamente correto tem que aparecer...)... E todo mundo junto, quem sabe até padrinhos cruzados, pois em novela todo mundo tem um desprendimento absurdo, e o perdão à flor da pele é o lema no final.
E todo mundo se beija, jura amor eterno... esfregação legitimada em horário nobre porque o amor é o maior e mais puro dos sentimentos. Lindo! Mas em novela?
Banalização.
A garota se nega a casar com o tio rico, foge com o mordomo e logo a seguir ele encontra outra mais linda, disponível e que sempre o admirou.
A outra? Foi viver no esquema ‘meu amor e uma cabana’! Vão morar onde? Vão viver de quê? Ah, mas é novela e pode tudo!
A menina que tinha um autismo diferente e que encontrou remédio no advogadozinho ‘boca de lagarto’, filosofa e dá lição a nós, telespectadores, ditos normais e perfeitos, mas infelizes, quando vimos que a felicidade é dançar sob a árvore e se lambuzar de tinta. A felicidade está na simplicidade e nos laudos médicos novelísticos pra lá de Bagdá.
O Direito então? Advogadas que conseguem em 24 horas bloquear bens, porque deve haver algum juiz amigo de plantão que além de julgar, protocola e distribui o processo pra ele próprio. E a mesma advogada top ameaça tirar tudo do ex, mesmo sem a gente saber qual é o regime de bens, já que isto é detalhe, porque amanhã o cliente entra em seu escritório (na vida real) e quer o mesmo, já que na novela tudo pode...
As remelentas prodígio, que se fossem crianças na realidade mereceriam uma coça diária de tão metidas e chatas...mostrando que também tem sua cota de magnitude!
Mas pra mim o final mais incrível seria se a mocinha em meio aos tais festerês pedisse a atenção de todos e acenasse com um cartão da mega premiado dizendo: ‘tchau, povo porre! Fui! Até nunca mais! Não sei pra onde vou, mas sei que não volto. Tô indo só com a roupa do corpo e detalhe... até sem calcinha!’ Nossa, Ibope digno de Guiness!
A menina que tinha um autismo diferente e que encontrou remédio no advogadozinho ‘boca de lagarto’, filosofa e dá lição a nós, telespectadores, ditos normais e perfeitos, mas infelizes, quando vimos que a felicidade é dançar sob a árvore e se lambuzar de tinta. A felicidade está na simplicidade e nos laudos médicos novelísticos pra lá de Bagdá.
O Direito então? Advogadas que conseguem em 24 horas bloquear bens, porque deve haver algum juiz amigo de plantão que além de julgar, protocola e distribui o processo pra ele próprio. E a mesma advogada top ameaça tirar tudo do ex, mesmo sem a gente saber qual é o regime de bens, já que isto é detalhe, porque amanhã o cliente entra em seu escritório (na vida real) e quer o mesmo, já que na novela tudo pode...
As remelentas prodígio, que se fossem crianças na realidade mereceriam uma coça diária de tão metidas e chatas...mostrando que também tem sua cota de magnitude!
Mas pra mim o final mais incrível seria se a mocinha em meio aos tais festerês pedisse a atenção de todos e acenasse com um cartão da mega premiado dizendo: ‘tchau, povo porre! Fui! Até nunca mais! Não sei pra onde vou, mas sei que não volto. Tô indo só com a roupa do corpo e detalhe... até sem calcinha!’ Nossa, Ibope digno de Guiness!
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