quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sua família tem passado bem?


Como vai a sua família?

Como você se sente com relação aos seus? Pois bem, atribuem-se papéis pro sistema funcionar bem. os rótulos colam na gente de uma forma absurdamente ridícula.
É uma espécie de referência pra que nossa saúde mental se mantenha.
Em uma palestra que fui nesses meus zigue zague disse a minha prima que somos pré-julgados nos primeiros 30 segundos que somos vistos.
A 1ª impressão fica? Imagine a impressão que a gente causa dentro da própria família.
Os laços sanguíneos unem as pessoas sim, mas dependendo da família, não se vive embaixo do mesmo teto.

As pessoas esperam que os outros sejam os mesmos sempre, mas, ainda bem (ou infelizmente) evoluem.
Só que os rótulos ficam grudados e não há jeito de se livrar deles.
É mais fácil lidar com alguém que a gente rotula sim, porque tudo o que ela disser que contrarie o que já tínhamos pré-concebido, acaba por ser visto como tentativa de enganar a assistência.
Sempre há o que se coloca como acima do bem e do mal, ou aquele que não está nem aí pra nada...
Há aqueles que são subestimados...
Quantas vezes em um almoço familiar já sabemos tudo o que vai acontecer?
Já sabemos que há assuntos que são um tabu, que podem dar pano pra manga sempre uma ovelha negra a la Rosane escandalizando a todos e tudo
Há ressentimentos, há tribos, há grupos, há segredos...
Mas o que mais gosto em reuniões de família é do lado da fofoca.

Sempre tem alguém que fugiu com não sei quem, alguém que deu mau passo, alguém que se locupletou... Alguém que era o 'bonzinho' e surpreendeu a todos se mostrando o malandro da vez... Há uma tia fofoqueira que é muito superior ao Google e comprovadamente a Ovelha Negra ainda sou eu mesmo com as aprendizes todas segundo o povo tentando imitar a doida da Ovelha RO.
Interessante mesmo são as famílias 'novela das oito'. As famílias que gostam de posar de 'família feliz' pra sociedade e a gente está careca de saber que não é bem assim que a banda toca.
As pessoas externalizam fatos que sabemos não ser verossímeis.



A máxima de que a 'mentira tem pernas curtas' é corretíssima.
Quando o contato se faz somente em festas ou velórios aí que a porca torce (ou destorce) o rabo
Porque já fomos colocados em um lugar que por mais que tenhamos mudado, tentam nos recolocar.
Como aqueles livros na estante que foram reagrupados enquanto o seu livro andou por aí e ganhou ou perdeu algumas páginas... Quando o livro volta, ele não cabe mais naquele espaço que supostamente o aguardava.
E parece que ninguém quer fazer o menor esforço pra perceber que talvez tenha de haver uma estante só pra ele...
Outro dia ouvi dizer que seu melhor parente é seu vizinho.
Não, seu melhor parente é o seu parente mesmo, ele é que vai fazer com que você se teste, mostre-se e reencontre seus demônios (que podem ser o próprio)...

As irmas cajazeiras

E quando família vira hóspede... Capítulo à parte da divina comédia humana em que o purgatório se configura em dias a mais de estada e o paraíso fica há anos-luz do 'simancol' e do tão desejado 'tchau, a gente se encontra na próxima festa de Natal, no próximo ano-novo, no próximo velório...'









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 Só envelhece quem não tem sonhos. Quem se deita sem um sorriso. Quem deixa de acreditar em novos começos e histórias.  Quem deixa de querer...