quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


Soergo meu passado e meu futuro
E digo à boca do Tempo que os devore.
E degustando o êxito do Agora
A cada instante me vejo renascendo”

(Hilda Hilst)


De tudo que pra mim tem sido mais querido, queria, juro que queria, que muito neste mundo onde vivo fosse invertido. É da natureza de um sensível ser inconformada, não mal agradecida ou ranzinza, mas sempre questionadora a eterna luta por uma vida menos ordinária.
Quero repartir o pranto e o riso, sonho não ser quando sou.E sendo, me falto.
Eu ás vezes me zango com Deus, mas um anjo, o meu anjo, está sempre aqui no ombro, no meu ombro, dizendo que Deus não é particular, mas coletivo, pra algo acontecer pra mim tem que também acontecer em outros lugares e em para outras pessoas.
O universo é todo interligado.
Eu me esforço pra reter e pra ser permanecida, como o mar guarda na água o sal, eu quero ser mais pura extraindo de mim o que pode ser mal.
Afogado em mim da alvorada ao crepúsculo, vivo.
Como se tivesse apenas dois caminhos, devorar ou ser devorada, como se um anjo caído quisesse me enganar, “destrua si mesmo”, ele grita, ele tenta me enganar, mas um anjo, o meu anjo, sussurra no meu ouvido direito....

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 Só envelhece quem não tem sonhos. Quem se deita sem um sorriso. Quem deixa de acreditar em novos começos e histórias.  Quem deixa de querer...