sábado, 5 de setembro de 2009


"O amor é uma tentativa de penetrar no íntimo de outro ser humano, mas só pode ter sucesso se a rendição for mútua.”

(Octavio Paz, poeta mexicano)


Segundo Octavio Paz, o amor e a paixão exigem entrega que vai além do tempo, dos calendários ou relógio, e o espírito romântico que habita toda alma, embora não se manifeste em todo corpo, nos ensina que ele é um encontro que transcende ao significado imediato das coisas.

Estou lendo um livro(encontrado no lixo) de Octavio Paz intitulado
“A dupla chama: Amor e Erotismo” onde o poeta Mexicano tenta dissecar o amor e o sexo. Para ele um encontro erótico começa com a visão do corpo desejado. Vestido ou desnudo, o corpo é uma presença, uma forma que, por um instante, é todas as formas do mundo. E ao tocá-lo deixa de ser apenas presença para se tornar satisfação. "O amante ama o corpo como se ele fosse uma alma e a alma como se ela fosse um corpo. O amor mistura a terra ao céu: ele é a grande subversão." (Octavio Paz)
É um daqueles livros que pensamos estar devorando, mas logo percebemos que é ele que nos banqueteia, que nos engole vivos e nos cospe depois aos bagaços, ainda tentando juntar os pedaços tamanha a fragmentação.Seguindo a leitura descubro, reflito sobre o que ele diz a respeito do encontro.
Aquilo que se diz sobre a imprevisibilidade do nosso destino, que estamos bordados no centro de um tecido de coincidências, sinais e correspondências.Como a filosofia encontrada nos arquivos PPS(Power Point) que vai de “A pessoa errada” do Veríssimo ao “NEOQUEV” que conta a historia dos velhinhos, por mais sorte ou predestinação que seja a cumplicidade da nossa vontade é que torna qualquer encontro possível.
O grande mistério da liberdade, é que ela é a mãe de nossas escolhas. E elas como filhos ou nos amam em retribuição o se revoltam contra nós, El deseo es más vasto que el amor pero el deseo de amor es el más poderosos de los deseos (Octavio Paz)


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