quarta-feira, 24 de junho de 2009


Uma mulher que quando ama faz ventania, sopra de seu coração uma brisa de poderes sobrenaturais.

Mas ela não se apaixona pelos normais.
Eu sou um corpo celeste que fica orbitando em volta dessa minha alma preferida e isso pode ter duas faces.

Uma heliocêntrica, sempre voltada pro sol, mas como uma lua branca, sem luz própria que apenas reflete o brilho.

Porque assim dos seus olhos eu sou uma filha. Mas outra é ser um cometa que comete, loucuras e desatinos, que viaja e risca seu céu, deixando um rastro luminoso pelo caminho por onde passa, passará e passarinho.
O lado esquerdo daquele peito, antes um território sagrado, tem sido invadido pelos cavaleiros do apocalipse, cada um montado numa égua.

O primeiro é a inveja, o segundo a traição, o terceiro o horror e o ultimo o ódio. Onde antes havia apenas inocência hoje pode estar sendo contaminado pela malandragem e pela necessidade de prazer egoísta.
Como era verde meu vale. E agora vejo avançar sobre ele o deserto da indiferença. A beleza da vida pode compensar a decepção com o coração humano, por isso me inebrio na alvorada mas me desespero no crepúsculo.
Adormeço pérola mas desperto concha vazia.
A alma marítima dele vive em harmonia com meu coração solar, o sal que sai pelos olhos dele combina com a luz que entra pela minha boca.Mesmo distantes e desconhecidos, enobrecemos um ao outro nossa consciência terrena.
No lado esquerdo do peito há uma batalha, carne cortada por navalha, uma guerra entre o que se ganha e o que se perde com o tempo.
Em alguns momentos preciso correr contra o tempo pra poder ter tempo de viver plenamente as ventanias do encontro dessa menina com o menino que tbm faz ventos

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