sábado, 6 de junho de 2009


Declaração de amor número 7 Se for mesmo verdade como Álvaro de Campos diz que “todas as cartas de amor são ridículas” essa é mais uma destas cartas de amor ridículas.


Uma carta de amor não é uma carta de amor se não fizer chorar num momento e se não fizer rir em outro tempo.O amor é uma tragédia repleta de comédias, ou vice-versa.O amor mesmo de olhos vendados encontra seu destino, mas não sem antes beirar os abismos ou bater de frente com os muros.Há amores que caem de fato no abismo, então cegos e perdidos no escuro pensam ser seu fim.Mas eis que surge dessa escuridão uma luz, ou uma fissura nas paredes do abismo para que ele seja escalado.E logo se está de volta à superfície. O amor é uma loucura que um dia já foi razão e uma razão que já foi uma loucura.Algumas pessoas não sabem, mas elas estão o tempo todo procurando ser amadas, mesmo as mais duras, mesmo as mais armadas.
Como a mais complexa emoção do universo, o amor é uma delicada flor na beira de um precipício.Para tê-la é preciso ficar bem na beirada deste despenhadeiro, é preciso muita coragem, pois qualquer descuido poderá significar a sua queda.Há quem consiga colher a flor sem se machucar.Há quem não se arrisque e fique no mesmo lugar.Há quem a tenha por alguns momentos nas mãos, mas que escorregue e caia no abismo...
O amor é o que nos move ou nos deixa paralisados

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 Só envelhece quem não tem sonhos. Quem se deita sem um sorriso. Quem deixa de acreditar em novos começos e histórias.  Quem deixa de querer...